A reunião extraordinária do Fórum da Cidadania reuniu cerca de 100 pessoas para debater: ???A Política Atual dos Preços dos Combustíveis e do Gás de Cozinha ??? Petrobras e o Pré-Sal??? com Alexandre Castilho, Diretor do Sindicato dos Petroleiros ??? Regional São Paulo, e Marcelo Garlipe, Diretor do Sindicato dos Petroleiros ??? Regional Campinas, ambos membros da FUP ??? Federação ??nica dos Petroleiros. 
Iniciou-se explicando o papel das Estatais e da Petrobras, que a exemplo da maioria dos países, são empresas que traçam políticas e ações de desenvolvimento nacional, construindo novas tecnologias e conhecimentos, priorizando suporte de mão de obra e materiais locais, garantindo assim o fluxo desses conhecimentos e receitas dentro das fronteiras do pais que desenvolve essas tecnologias.Por outro lado, cabe também as estatais gerar receitas para os programas sociais e serviços públicos destinados a grande maioria do povo nesses territórios, como foi o caso da Petrobras após a descoberta do Pré-Sal no Governo Lula, que criou a Lei das Partilhas, onde todos os municípios receberiam uma parte dessas riquezas geradas e principalmente destinando 75 % desses recursos para a Educação e 25% para a Saúde, pois a concepção destas empresas não se baseiam nos lucros, fazendo caixa apenas do necessário para seus investimentos presentes e futuros.Pois bem, a partir do golpe de 2016, o governo ilegítimo do Temer, desmontou essa proposta, criando novos fatores para a Petrobrás, como vem fazendo com outras empresas, principalmente dos ramos de energia, combustíveis, indústria naval, etc, mudando a postura dessas para privadas, ao invés de públicas, conforme suas origens.As descobertas gigantes no pré-sal tornaram o Brasil autossuficiente na produção de petróleo. O volume total extraído hoje no país, de 2,6 milhões de barris por dia, em tese, seria capaz de atender à demanda nacional por combustível. E poderiam ser refinados no próprio país, pois temos as refinarias e tecnologia avançada, desenvolvida por engenheiros da Petrobrás, para isso.Assim passou este governo a desmontar a Petrobras, desvalorizando seu patrimônio, vendendo a nossa grandiosa riqueza nacional, o Pré-Sal, que nos colocou em 3º lugar na produção de petróleo no mundo, atrás apenas da Venezuela e da Arábia Saudita, em cujos últimos leilões das plataformas dessa riqueza, que foram vendidas para a Exxon, Shell, Chevron etc, ao preço médio de 0,26 de real, o barril de petróleo, por outro lado, tem desativado nossas refinarias, sendo que algumas já operam com perto de 50% se sua capacidade de produção, passando a importar os produtos refinados: gasolina, querosene, diesel etc, sendo que hoje o EUA assumem o controle de 83% da importação brasileira de óleo diesel, levando há que os preços desses produtos sejam determinados pelo mercado internacional, e pela cotação diária do dólar. A nova política da Petrobras de vender petróleo cru e importar o derivado, instaurada na gestão de Pedro Parente, o nomeado de Michel temer (MDB) para a presidência da estatal, não faz sentido do ponto de vista técnico. Essa é a avaliação de João Antônio de Moraes, diretor da Federação ??nica dos Petroleiros (FUP), que concedeu entrevista à Rádio Brasil de Fato recentemente.Logo, o que está em disputa são dois projetos completamente opostos, um que trata a questão da soberania nacional como prioridade, com a distribuição dessas riquezas dentro do país, em benefício do seu povo, e outro que quer entregar estas riquezas, aliás, já as está entregando, beneficiando apenas os grandes grupos internacionais. Lembram também os palestrantes que estes dois projetos estarão em disputa nestas próximas eleições, e o entendimento dos setores democráticos, progressistas e populares é de que precisamos derrotar essa política de desmonte nacional, que retira direitos dos trabalhadores, retira recursos da saúde, educação, segurança, etc, entrega as nossas riquezas e patrimônio nacional aos grandes grupos estrangeiros, elegendo candidatos comprometidos com a defesa da Soberania Nacional, do Desenvolvimento Econômico e Social, da defesa do Estado Democrático de Direito, da Liberdade e da Justiça Social.