Utilizar drones para potencializar a tecnologia do mosquito estéril para o combate à dengue. Nesta semana foi realizada em São Paulo a maior soltura experimental de mosquitos estéreis com drones, foram mais de 30 mil, simulando com sucesso uma situação real de combate ao Aedes aegypti.

A metodologia desenvolvida pela empresa Forrest Brasil é a do Controle Natural de Vetores, conhecida como CNV, utiliza mosquitos machos estéreis Aedes aegypti para prevenir surtos de dengue e outras arboviroses, reduzindo significativamente a proliferação do vetor. Estudos publicados na revista The Lancet e na The Journal of Infectious Diseases evidenciam a eficácia do CNV. Em Ortigueira, Paraná, uma das cidades que recebeu o método em escala comercial, houve uma redução impressionante de 98,7% na proliferação do mosquito após a aplicação do método.

Os drones da startup Birdview complementam o combate à dengue ao desenvolver tecnologia inovadora para controle do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, chikungunya e zika. Em colaboração com a Embrapa Instrumentação e com apoio do Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), a empresa criou um sistema modular de liberação e embalagem, integrado a drones, para a soltura controlada de insetos adultos.

“No ambiente agrícola, a tecnologia já é empregada no controle biológico de pragas, liberando insetos inimigos naturais sobre lavouras. Nas áreas urbanas, a solução quer agora liberar mosquitos Aedes aegypti machos e estéreis para reduzir a população do inseto, interrompendo seu ciclo de reprodução” – explica Ricardo Machado.

“A introdução de drones no processo aprimora a eficiência do CNV, porque facilitam e otimizam a soltura, proporcionando geolocalização precisa e contribuindo ecologicamente ao eliminar emissões de CO2 – detalha a diretora executiva da Forrest Brasil, Elaine Paldi. Além dos benefícios ambientais, a utilização de drones integra-se a projetos sociais, incentivando o interesse pela tecnologia e robótica.

O que é o CNV?

O chamado CNV, Controle Natural de Vetores, da Forrest Brasil, é uma solução que utiliza o método (TIE) Técnica do Inseto Estéril.

Os mosquitos machos estéreis da Forrest são produzidos a partir de uma cepa local e não são geneticamente modificados, por isso, um método ecologicamente correto, livre de resíduos, não prejudica meio ambiente e nem outras espécies nativas do meio ambiente.

Na prática promove a liberação de mosquitos macho estéreis de forma massiva, que se acasalam com espécies selvagens (as fêmeas copulam apenas uma vez), impedindo a procriação e promovendo gradativamente a redução da infestação do mosquito e de doenças transmitidas por eles, como a dengue, Chikungunya e Zica.