Não há legado algum, se este legado
não é duradouro. O meu legado é o voto, eu voto na mudança!!!
Grande parte da multidão que tomou as ruas em junho de 2013 apenas e tão somente demostraram o seu descontentamento com os agentes políticos, dado os atos que envolvem a malversação do dinheiro público e o descaso com setores de extrema importância que afronta a cidadania de cada um de nós, a exemplo do que vem acontecendo com a saúde e a educação. Atenção especial a questão da mobilidade (transporte público), princípio e estopim de toda essa caminhada. Muito embora esse fato pretendeu projetar-se como uma ação cívica da população brasileira, o que aconteceu na verdade, foi mais um ato de revolta capitaneado por estudantes e segmentos de militantes políticos. sem direção pautada em reuniões pré-estabelecidas por dirigentes de expressão regional, estadual ou mesmo nacional, o movimento fracassou. Em determinado momento, foi mais uma expressão de identidade de cada um de nós brasileiro para dizer aos poderosos: os donos dos meios de produção, o poder judiciário e os políticos que existimos e que além de consumidores-compulsivos ou não-, somos estudantes, trabalhadores, aposentados, comerciantes, empresários, agicultores, artistas… cidadãos, eleitores e contribuintes! Os protestos a meu ver, não despertou nenhum interesse político, nem tão pouco alguma consciência política, pelo contrário. Sem direção definida, esse movimento – a exceção dos grandes centros e capitais-, em muitas cidades esse ato foi um grande passeio turístico. Foi um arroubo de descontentes que durou um instante e dispersou-se rapidamente no momento em que as emissoras de rádio e tvs mostravam a violência da polícia/política e de grupos oportunitas. E talvez, grupos organizados e interessados no caos e na destruição do patrimônio público para dispersar as pessoas do ¨bem¨ tocadas na efêmera brasilidade de uma sociedade passiva e acuada na falsa legalidade. ?? sempre bom frisar que quantidade não esta acima da qualidade militante, organizada e com pauta definida na real mudança do regime e do sistema que nos empobrece e nos envergonha diante de tantos descalabros, cometidos pela velha e pela nova elite formada por políticos e empresários que diziam que deviamos vencer o medo… e ser feliz!? Não houve por parte desses manifestantes a formação de grupos de trabalho para se definir interesses e consequente encaminhamentos e solução pertinente. Por mais justo que sejam as variadas formas de protestos, o que prevaleceu foi a curta ascensão de alguns pseudos-líderes que tão logo o movimento encolheu, foram buscar abrigos em sindicatos, associações e nalguma legenda partidária qualquer que não pudesse ofuscar o brilho desta ou daquela momentânea manipulação! Certamente, a mobilização- o povo nas ruas-, preocupou e mesmo causou furor nos meios políticos que pouco efeito produziu no olhar do governo central de Dilma Rousseff. E dai surgiram um número sem fim de promessas, que aliada aos jogos da Copa do Mundo, tomamos um imenso balde de água fria. Assim, no sonho de cada um de nós em nada precisamos planejar, organizar, correr risco… mas na vida, no dia dia está a luta pela sobrevivência, os limites fixado pelo salário, os artifícios da lei, a imposição dos mais forte economicamente, a desconfiança da família, o sistema que oprime… Enfim, importa muitíssimo a pressão das massas, das ruas e nos interiores das organizações sindicais, políticas, sociais… onde você pode manifestar sua insatisfação e revolta, porém a caminhada deve ser longa, tal como o curso de um rio sinuoso que tem como objetivo alcançar o mar onde todos possamos nos encontrar limpos e livres de todo ódio e de toda injustiça!!!
PAULO CESAR CASSIN