Causa-me espanto a visão sebastianista em torno do nome de Marina Silva. Prova de despolitização. Mais uma.
Não estou a discutir voto. Jamais o farei neste espaço.
Contesto a ideia simplista de que Marina Silva fará da política e do país dois paraísos livres de seus velhos vícios. O resultado desse processo será uma evidente decepção porque seu ponto de partida é equivocado.
A política do país será hipoteticamente melhor se passar por reformas estruturantes profundas e ainda assim a coisa só vai avançar se a sociedade tomar injeções de cidadania ativa, em contraponto ao individualismo consumista, marca cultural predominante das sociedades de mercado, que retira, para o bem e para o mal, vigor coletivo da sociedade.
Marina é só uma célula do processo social. Importante. Porque promove o debate a respeito de novos valores e novo modus operandi para a política nacional. Mas jamais a salvação da lavoura.