Quem tem melasma já sabe, basta o verão chegar e o sol aparecer, para as manchas ficarem ainda mais evidentes. Mas será que dá para curtir a estação mais quente do ano, aproveitando praia e piscina, sem sofrer com elas?

A resposta, segundo a dermatologista Anelise Dutra, é sim! Mas é preciso seguir algumas recomendações básicas. Antes de tudo, vamos entender um pouco mais sobre esse problema de pele que afeta – e muito – a qualidade de vida e a autoestima de muita gente.

O que é melasma?

Melasma são manchas escuras – em tons amarronzados – que aparecem principalmente no rosto, em regiões como testa, bochecha, queixo e nariz. Apesar de menos comum, as manchas também podem aparecer em outras áreas expostas ao sol, como colo e braços.

Quais as principais causas?

Não há uma única causa definida para o melasma, mas sabe-se que ele está relacionado principalmente à exposição solar, mas também ao uso de anticoncepcionais e algumas outras medicações, fatores hormonais, predisposição genética, algumas doenças e à gravidez. A maior parte das pessoas com melasma possui um histórico de exposição diária ou intermitente ao sol, além disso o calor e a luz visível são fatores subjacentes.

Quem tem mais probabilidade de apresentar a doença?

O melasma é mais comum em mulheres (aproximadamente 90% dos casos). Aquelas com tons de pele mais escuro tem mais probabilidade de apresentar esse tipo de problema na pele.

Por que o melasma pode piorar mesmo no caso de pessoas que não se expõem mais ao sol?

O melasma é “traiçoeiro”. Ele pode piorar mesmo na sombra, pois está sujeito a vários estímulos como: calor, estresse, remédios e irritações locais. O exato mecanismo que favorece o aparecimento desta mancha não está totalmente esclarecido.

Como prevenir o melasma?

– A exposição solar, por mínima que ela seja, é a grande vilã, portanto é importante usar um filtro solar adequado para o seu tipo de pele diariamente (de preferência com fator acima de 30 e com cor). “O filtro deve ser repetido várias vezes ao dia, principalmente se houver trabalho ao ar livre”, reforça a dermatologista.

– Os horários de maior radiação solar devem ser evitados – das 10 às 16h.

– A luz visível (iluminação comum em ambiente fechado, computador e TVs) também desencadeia e agrava o melasma, assim como o calor (sauna, banho quente, secador de cabelo, fornos, fogão), pois emite ondas infravermelho. Portanto, mesmo no dia-a-dia, quando estiver em casa e no trabalho, é preciso aplicar o filtro solar.

 Como é o tratamento?

O tratamento deve ser prescrito por um dermatologista e não deve irritar, arder ou descamar a pele. Existem várias alternativas, como por exemplo: medicamentos, cremes, laser e peelings. “A melhoria do melasma tem a ver com o todo, ou seja, isso significa estar saudável, alimentar-se bem e diminuir o estresse”, reforça a dermatologista. “Tem que ter paciência e persistência. O tratamento é demorado e como é uma doença crônica, deve ser tratado para sempre, mesmo quando houver um efeito clareador significativo das manchas, pois qualquer exposição solar pode levar a reativação das manchas”, afirma a médica.