A empresa do ramo imobiliário Viva Real divulgou essa semana o relatório Dados do Mercado Imobiliário, o DMI. O levantamento, que analisou mais de dois milhões de imóveis, apontou que o preço médio do m² no Brasil, no terceiro trimestre de 2017, é de R$ 4883. A avaliação da empresa é que o preço do m² se manteve estável com relação ao segundo trimestre deste ano. A comparação com o mesmo período de 2016, no entanto, aponta uma desvalorização de 0,72%. André Luiz Bravim é superintendente do Conselho Federal de Corretores de imóveis, o Cofeci-Creci. André avalia que atualmente o mercado de imóveis no Brasil está se recuperando da crise. ???Nós temos indicadores confiáveis de que a recuperação já começou. Nós estamos com índices no Brasil inteiro da retomada da construção civil, o que para nós é um fator extremamente positivo???, detalhou André Luiz. O superintendente ainda explicou como os compradores se comportaram nesse período. ???Nós consideramos que é o perfil do investidor que se retraiu com a crise. Há um ano e meio atrás eles perderam a confiança no mercado e pararam de investir no mercado imobiliário, para saber o que iria acontecer com nosso cenário econômico político???, comentou André Luiz. O superintende ainda avalia que as pessoas estão voltando a investir no mercado imobiliário, que ele avalia ser uma boa opção para médio e longo prazo. Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo acima da média  Apesar da desvalorização apontada pela pesquisa, 16 cidades apresentaram preços acima da média nacional. Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo são as que apresentaram os maiores preços dessa lista. André Luiz Bravim, além de superintendente do Conselho, é corretor na capital do país. André afirma que Brasília passou por uma situação diferenciada. De acordo com o superintendente, os lançamentos nos bairros Setor Noroeste e Águas Claras contribuíram para a elevação do preço médio da região. ???O Noroeste chegou a um patamar que nós consideramos fora dos padrões normais, em torno de R$ 16 mil o m². Ou seja, um apartamento de 100 m² custando um R$1.600.000. Fora dos padrões. Graças a Deus o mercado é sábio e esse preço já reduziu isso para R$ 7 mil e R$ 8 mil em média. Valor que ainda consideramos alto???, detalhou o corretor. No caso do Rio de Janeiro, o presidente do Creci estadual, Manoel da Silveira Maia, explica que a valorização ocorre por questões geográficas. ???Os bairros mais valorizados do Rio de Janeiro, Copacabana, Ipanema, Leblon e etc. Essas zonas estão totalmente construídas, não há mais espaço para a construção???, detalhou Manoel. Segundo o levantamento da Viva Real, três bairros cariocas estão entre os mais caros do país, são eles: Leblon, com mais de R$ 21 mil o m², Ipanema com R$ 20 mil o m² e a Lagoa com o m² avaliado em mais de R$ 17 mil. ???Essas três regiões são as mais caras por não ter mais terrenos vagos ou condições de construção. Aqui não é o caso de ter casas velhas pra construir um prédio. Aqui o gabarito é pequeno, de três ou quatro andares, não tem condições de grandes construções???, explicou o presidente do Creci carioca. Em uma busca no site Viva Real é possível encontrar imóveis de R$ 12 milhões.  Em São Paulo, a questão social valoriza os imóveis, segundo o presidente do Creci de São Paulo, José Augusto Viana.  ???Isso é dado pela concentração de riqueza. A economia de São Paulo é muito forte e a propriedade imobiliária fica muito mais valorizada. Estar no principal polo econômico do país provoca essa valorização???, conta o presidente do Creci paulista. Presidente orienta interessados a negociarem logo O superintendente do Conselho Federal de Corretores, André Luiz Bravim, os interessados em comprar um imóvel devem se apressar. ???Vamos ter aumento do preço médio do valor dos imóveis no Brasil inteiro. Houve retração, os preços encolheram em todo Brasil. Alguns imóveis chegaram a baixar de preço em 40%. Está na hora de fazer bons negócios ainda com o preço baixo, porque a tendência é subir o preço.