O brasileiro sempre foi apaixonado por pets. Até o final de 2019, seis em cada dez famílias do país possuíam pelo menos um gato ou cachorro, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do IBGE. Com a pandemia, os laços com os animais ficaram ainda mais estreitos e a procura por bichinhos para adoção cresceu 400%, conforme indica a organização não-governamental União Internacional Protetora dos Animais (UIPA). Com tantos amantes no país, este mercado apresenta grande potencial para quem quer empreender. Um exemplo está no setor de Moda Pet, que até setembro de 2021 teve um crescimento de 350% nos cursos oferecidos pela Escola de Moda Sigbol, em comparação ao primeiro ano da pandemia.
“Com o avanço do desemprego, os cursos profissionalizantes são como uma luz no fim do túnel para quem precisa de renda. Oferecemos uma capacitação curta, mas intensiva, de custo acessível e que se adequa à realidade e ao nível de conhecimento dos alunos. Esses são diferenciais importantes para as pessoas aproveitarem a onda de empreendedorismo no segmento de produtos para animais domésticos”, relata Aluízio de Freitas, diretor da Escola de Moda Sigbol.
Potencial mesmo na crise
Apesar da crise, os brasileiros estão dispostos a gastar com seus companheiros não-humanos, e os investimentos vão muito além da ração e dos cuidados com veterinários. Segundo o Instituto Pet Brasil (IPB), o setor faturou R$40 bilhões no ano passado e gerou 2,4 milhões de postos de trabalho. Todo este potencial de consumo vem impulsionando a abertura de novos negócios no setor. Entre janeiro e julho, o número de empresas criadas no segmento pet cresceu 51% na comparação com o mesmo período de 2020, de acordo com o Mapa de Empresas do Ministério da Economia.
O curso de Moda Pet da Sigbol capacita os alunos a produzir peças de vestuário para animais e aproveitar este bom momento vivido pelo mercado. Ao longo das aulas, os alunos aprendem a desenvolver moldes para o tamanho de cada bichinho, bem como a confeccionar acessórios e vestimentas básicas. Saias, jardineiras, vestidos, capas, bolsinhas, chapéus, casacos e até mesmo camas – a criatividade não tem limites.
“É uma oportunidade de ganhar dinheiro vendendo estes itens entre os vizinhos e a família, pois todo mundo conhece pelo menos uma pessoa que cria um animal doméstico”, completa o diretor.