A chamada Geração Sanduíche reúne pessoas entre 30 e 50 anos que estão pressionadas como o recheio de um sanduíche. De um lado, estão as responsabilidades com seus filhos; de outro a preocupação com os pais, que demandam maior cuidado em função do avançar da idade. O número que pessoas nesta situação é crescente e esta realidade gera diversos impactos na vida dos ensanduichados.
“A Geração Sanduíche ganha cada vez mais espaço na sociedade e um dos maiores desafios dessas pessoas é conciliar as tarefas, definir prioridades e ainda criar um equilíbrio com suas próprias vidas, inclusive emocional”, afirma Marcia. “É uma etapa que exige uma capacidade maior de ajuste e organização”, diz a executiva que é, ela própria, uma ensanduichada.
Desde a última década, é crescente o número de pessoas que se veem na situação de ter que cuidar, simultaneamente, dos filhos e dos pais. Essa “geração-imprensada” tem sido estudada cada vez mais no Ocidente e há uma extensa literatura sobre os cuidados prestados e o impacto dessa atenção na própria vida dos ensanduichados.
A vida moderna valoriza muito o aspecto profissional das pessoas. Com isso, as mulheres passaram a ter filhos mais tarde do que era comum, ajudando a nascer uma nova geração, com uma nova nomenclatura.
Esta nova geração diz sobre o fato de precisarmos “manter a peteca no ar” e nos equilibrar entre os cuidados com os filhos, muitas vezes pequenos, e com nossos pais e avós que, no processo de envelhecimento, passam a precisar de mais atenção financeira e emocional.
No entanto, para os membros do sanduíche há certo benefício, como por exemplo a possibilidade de convivência social intergeracional. Com os netos, mais jovens, permitindo a manutenção da inserção deste idoso de 60 anos na comunidade.
Márcia Sena, CEO da Senior Concierge
Formada em Farmácia e Bioquímica, com MBA na Marquette University (EUA) e experiência em várias áreas da indústria farmacêutica, criou a Senior Concierge a partir de uma experiência pessoal de dificuldade de conciliar seu trabalho como executiva e cuidar dos pais que estão envelhecendo. Decidiu assim criar uma empresa de serviços para a Terceira Idade, que dê suporte para profissionais que, como ela, tentam balancear carreira, família e cuidados com pais que estão envelhecendo. O foco na manutenção da autonomia de pessoas da terceira idade no seu local de convívio (conceito chamado Aging in Place), oferecendo resolução de problemas de mobilidade, bem-estar, tarefas domésticas do dia a dia e segurança, acaba garantindo tranquilidade para que os profissionais possam trabalhar mais concentrados e produzir mais.