O Navio Polar Almirante Maximiano desatraca na manhã desta quarta-feira (28) do Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro e seguirá com destino à Antártica para dar suporte ao Programa Antártico Brasileiro. A 39ª Operação Antártica vai até abril de 2021 e terá também o apoio do Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rangel, que está previsto para desatracar do Rio com destino ao continente antártico em 3 de novembro.
Segundo a Marinha, a operação ganhou uma importância “singular” em 2020 ao garantir a continuidade do Programa Antártico Brasileiro durante a pandemia de covi-19. “Em face dessas restrições, este ano não haverá embarque de pesquisadores das diversas instituições de ensino e pesquisa do país, que desenvolvem projetos de pesquisa em áreas como oceanografia, biologia, geologia e meteorologia, utilizando como base o navio, a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e os acampamentos estabelecidos na região antártica”, disse a Marinha em nota.
No caso da tripulação do Almirante Maximiano, foram implementadas medidas sanitárias especiais, como testes de detecção de covid-19, cumprimento de quarentena a bordo e reforço nas medidas de limpeza e afastamento social.
Nessa viagem, o Almirante Maximiano terá como suas principais missões dar apoio logístico à Estação Antártica Comandante Ferraz, desenvolver trabalhos de reparo e manutenção nos refúgios antárticos e recolher material remanescente de acampamentos realizados em operações anteriores. Segundo a Marinha, serão realizados, também, levantamentos hidrográficos para a atualização de cartas náuticas sob responsabilidade do Brasil, como membro da Comissão Hidrográfica da Antártica na Organização Hidrográfica Internacional (OHI).
A primeira escala do Almirante Maximiano será no porto de Rio Grande (RS), onde a embarcação via concluir o embarque do material destinado a reabastecimento da Estação Antártica Comandante Ferraz e a tripulação do navio receberá vestimentas adaptadas para o ambiente antártico.
Durante a missão na Antártida serão utilizadas duas aeronaves UH-17 e um grupo de mergulhadores. Segundo a Marinha, as aeronaves, adquiridas recentemente, representam um importante elemento de suporte ao programa “por proverem apoio à ciência, em locais remotos e de difícil acesso, além de serem fundamentais no auxílio à navegação nas águas austrais, realizando esclarecimento de campos de gelo e indicando a melhor rota a ser seguida em áreas com grande presença de cobertura glacial.”
Com informações Agência Brasil