Entre as cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) com menos de 100 mil habitantes, Nova Odessa foi a que mais gerou empregos com carteira assinada nos três primeiros meses do ano, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Ministério da Economia. Com mais 151 vagas criadas em março, o município acumula saldo positivo de 697 postos de trabalho em 2019. No ranking geral da RMC, a cidade ocupa a quinta posição e está na contramão do Estado de São Paulo e do Brasil, que fecharam o mês no vermelho.
O saldo positivo, resultado de 2.134 admissões e 1.437 desligamentos, é 7,4 vezes superior ao registrado em 2018, quando o município fechou o trimestre com apenas 94 empregos. No mês passado, foram 609 contratações e 458 demissões, desempenho 264% maior que março do ano anterior, que teve saldo negativo de 92 vagas.
A indústria de transformação e o setor de serviços continuam sendo os propulsores do emprego formal na cidade. O destaque negativo, de acordo com o Caged, foi o comércio, com números negativos no mês de março e no acumulado do ano.
Na Região Metropolitana de Campinas, formada por 20 municípios, Nova Odessa ficou à frente de cidades como Sumaré (694), Santa Bárbara d’Oeste (543) e Paulínia, campeã regional na criação de empregos formais no mês passado, com 375 vagas, mas que acumula saldo negativo de 237 postos de trabalho entre janeiro e março.
Para o secretário interino de Desenvolvimento Econômico de Nova Odessa, Elvis Garcia, o Pelé, os números mostram que o município não sentiu os efeitos da sazonalidade. “Geralmente, os meses de fevereiro e março têm um grande volume de demissões, em função das contratações de final de ano. Tanto que os números do país e do Estado sugerem isso. O saldo positivo em março e o desempenho no trimestre indicam que estamos num ritmo sustentado de geração de empregos”, afirma Pelé.
De acordo com os números do Caged, 43.196 empregos com carteira assinada foram fechados em março, no país. O saldo é resultante de um total de 1.216.177 admissões e de 1.304.373 demissões no período. O desemprego também avançou em São Paulo, onde foram encerradas 8.007 vagas no mês passado.