De acordo com levantamento da SPC CNDL, 82% dos consumidores avaliam negativamente as condições atuais da economia brasileira. Para 17%, o desempenho é regular e para apenas 1% o cenário é positivo. Entre aqueles que avaliam o clima econômico como ruim, a principal explicação são os escândalos de corrupção e o mau uso dos recursos públicos, citados por mais da metade desses consumidores (51%). Em seguida, os entrevistados apontam sintomas da crise, como o desemprego (21%). Mesmo em queda, a inflação é causa principal da percepção negativa da economia para 15% dos consumidores.
Já quando se trata de responder sobre a própria vida financeira, o número de consumidores insatisfeitos é menor do que quando se avalia a economia do Brasil como um todo, mas ainda assim é elevado. De acordo com a sondagem, 45% dos brasileiros consideram a atual situação financeira como ruim ou péssimo. Outros 45% consideram regular e um percentual menor, de 9%, consideram o momento bom. Dentre os entrevistados que exercem alguma atividade remunerada, 39% consideram média ou alta a probabilidade de serem demitidos. Para 26%, o risco é baixo e 35% não temem ser dispensados pelos seus patrões.
O orçamento apertado e a dificuldade de pagar as contas são as principais razões para considerar a vida financeira ruim, apontadas por 31% desses consumidores. Os entrevistados mencionam também o desemprego (30%), as dívidas atrasadas (14%), a queda da renda familiar (11%) e a perda de controle financeiro (4%).
“O momento econômico difícil pelo qual o país atravessa influencia negativamente a vida financeira do brasileiro, obrigando que essas pessoas façam cortes no orçamento, consumam menos do que antes ou enfrentem dificuldades para honrar compromissos em dia”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.