Lembro de uma frase de John F. Kennedy que dizia: ???Não pergunte o que você pode fazer por você, mas o que você pode fazer por seu país???! Tomadas os devidos cuidados para não cairmos na arapuca fascista, de acharmos que a Pátria estaria acima de tudo, acho que esta é uma boa reflexão para nós brasileiros, no sentido de que um país é formado por uma nação e é esta quem constrói um país. Nesses tempos de ???Brasil que eu quero!???, vou parafrasear fazendo uma autorreflexão sobre o que nós brasileiros podemos fazer para chegarmos a este tal país que se quer.
Antes de mais nada, temos que ter coerência em nossas atitudes e não acharmos que nossos problemas terminam quando começam os dos outros! Nesses tempos de tolerância zero com a classe política, não podemos ser menos tolerantes com pequenos ???pecadinhos???. Por exemplo, os sofás velhos abandonados na calçada em frente ao imóvel alheio ou o carrinho de compras vazio abandonado nas vagas de estacionamento do supermercado.
Não me resta dúvidas de que este delinquente (geralmente crítico do comportamento alheio, principalmente dos políticos!) é um verdadeiro aprendiz de político corrupto! Assim como, ele não está nem aí com quem vem atrás, ele não estaria nem aí com o dinheiro público. Podem ter certeza de que os Jucás e os Calheiros da vida se estivessem diante dessas situações (situação impossível, pois a criadagem deles é que incumbem de tarefas ???mortais??? como essas…) não agiriam diferentemente.
Minha querida avó dizia que ???A ocasião faz o ladrão!???. Ela tinha toda a razão: dê a chance ao furador de fila e ele vai arrumar um apartamento só para armazenar sacos de dinheiro… Neste país em que alguém que encontra um pacote de dinheiro no lixo e entrega à administração do aeroporto vira matéria do Jornal Nacional, vou contar uma pequena história de um brasileiro em Oslo (Noruega).
Havia uma caixa que ficava exposta e aberta em frente a um estabelecimento, com dizeres que apelavam para a solidariedade das pessoas para socorrer vítimas de uma catástrofe ambiental. No fim do dia, um sujeito passava e recolhia as doações. Após alguns dias, o brasileiro se dirigiu ao sujeito que fazia, diariamente, a coleta e disse: ???Você não teme que alguém passe antes de você e surrupie o dinheiro????. O norueguês respondeu: ???Por que alguém faria isso????.
Uma pergunta: passou pela sua cabeça que o norueguês estivesse forjando a suposta coleta para ajudar as supostas vítimas? Desculpe, mas esta é a diferença entre Primeiro e Terceiro Mundos…
Orestes Camargo Neves