Uma reunião na tarde da quarta-feira (15/12) no auditório do Paço Municipal definiu os detalhes do plano intersetorial da Prefeitura de Nova Odessa para o eventual atendimento de moradores de áreas alagadiças que podem vir a ser desalojados pelas chuvas deste próximo verão. Coordenado pela Chefia de Gabinete e pela Defesa Civil Municipal, o grupo de trabalho conta com apoio de várias outras secretarias e diretorias do Poder Público Municipal.
O plano parte do mapeamento das áreas da cidade mais sujeitas a alagamentos que atinjam imóveis residenciais – a grande maioria ao longo do Ribeirão Quilombo. Segundo o coordenador da Defesa Civil de Nova Odessa, Vanderlei Wilians Vanag, cerca de 50 residências da cidade estão historicamente sujeitas a alagamentos, em bairros como os jardins São Jorge, Flórida, Conceição e Vila Azanha.
A primeira medida será exatamente recadastrar e criar um canal de contato direto com essas famílias, via aplicativos de mensagens de celular. Assim, a Defesa Civil poderá receber demandas e, principalmente, entrar em contato 24 horas por dia para mandar avisos rapidamente aos moradores das áreas de risco, alertando-os sobre a elevação do nível das águas do Quilombo.
Isto só é possível graças ao monitoramento constante do rio, em parceria com a Coden Ambiental, e também à rede de informações regional, que envolve das cidades a montante (acima) da bacia do Quilombo (Campinas, Paulínia, Sumaré e Hortolândia). Segundo Vanag, os riscos começam a aumentar, em Nova Odessa, sempre após alguns dias de chuvas constantes, quando o solo fica saturado e as chuvas passam a “encher” o rio mais rapidamente.
Em caso de alagamentos que atinjam imóveis residenciais, o plano passa então a lidar com o atendimento das famílias que podem ser afetadas. As medidas iniciais incluem apoio na elevação de móveis dentro das casas, apoio para o transporte de bens para outros endereços de escolha da família e, se necessário, o abrigamento temporário das famílias eventualmente desabrigadas em prédios públicos, como os ginásios municipais.
Nesta última hipótese (da necessidade de abrigamento), já estão definidas ações como a disponibilização de colchões, cobertores, água, alimentação, roupas e cuidados médicos para as famílias no local utilizado, a segurança dos imóveis alagados (uma preocupação constante das famílias), a realização de campanhas de doação de itens essenciais junto à comunidade novaodessense e, posteriormente, a limpeza e retorno das famílias às suas casas, incluindo a distribuição de “kits limpeza”.
Outros temas definidos e que constam no plano incluem avisos à comunidade em geral através das redes sociais da Prefeitura, manter equipes de plantão para a remoção de galhos e árvores caídos, para a desobstrução de galerias que possam causar pontos de alagamento nas vias públicas, etc.
Praticamente nenhuma hipótese foi deixada de lado. Cada ação caberá a uma secretaria municipal, sempre levando em conta também o apoio de voluntários, de empresas locais e também da Coden Ambiental.
“Estamos entrando no período de chuvas mais intensas, então precisamos desse plano de contingência pronto e ‘ensaiado’, com cada servidor sabendo exatamente o seu papel para atender a população numa excepcionalidade, começando pela nossa Defesa Civil e envolvendo todas as nossas secretarias”, justificou o prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho.
“Nossa intenção é diminuir ao máximo os impactos de um alagamento para as famílias dessas áreas, que já conhecemos. Ter esse plano previamente definido, detalhado e de posse de cada secretaria é muito importante também em função do recesso (dos serviços administrativos e não essenciais) da Prefeitura, de 23 de dezembro a 02 de janeiro, quando costuma chover bastante”, acrescentou o chefe de Gabinete Rafael Brocchi.