O ser nada que impulsiona os protestos nesse Brasil por momentos tão afinado com a vanguarda mundial tem algumas características que só podem ser compreendidas pela análise da pós modernidade.
A modernidade não se vingará nem vingará. O novo no mundo do século XXI vai além do esquema binário da modernidade, e começa a mostrar a cara do que pode ser a tal pós modernidade fluída, apontada com primor por David Harvey e de forma menos clara por Zygmunt Bauman.
O que quer a pós modernidade? A primeira coisa é- todo mundo faz parte. A modernidade e suas categorias não incluíam o mundo pobre ou colonial. Andy Wharol com o ‘Todos seremos famosos’ e o cinema catástrofe dos anos 1970 com tudo se passando nos aeroportos foram os primeiros sinais de inclusão do mundo.
Somos mais avançadinhos que os primos do oriente. O que acontece nos países do Islã ainda é um sonho por modernidade. Aqui parece que pulamos essa parte.
ESTADO, MERCADO E SOCIEDADE– A crise do fim da modernidade parecia por fim ao Estado. Os Fukuyamas se animaram, em especial no começo dos anos 1990. Mas o mercado não está muito aí para a sociedade, e esta segue- como previsível- a vanguarda da pós-modernidade. Mas a sociedado é errática, não sabe muito o que quer. Agora, ela quer mudança. E renegou um tanto a oferta do mercado. Os estados estão boiando, mas são o locus da mudança. Isso é bom.