O risco de exposição ao coronavírus em aviões é muito baixo, revelou um estudo do Departamento da Defesa dos Estados Unidos divulgado nesta quinta-feira (15), um sinal positivo para o setor aéreo, que tenta se recuperar do efeito devastador da pandemia sobre as viagens.
Quando um passageiro sentado está usando máscara, uma média de 0,003% das partículas de ar dentro da zona de respiração ao redor da cabeça de uma pessoa são infecciosas, mesmo que todos os assentos estejam ocupados, segundo o estudo.
O teste supôs só uma pessoa infectada no avião e não simulou os efeitos da movimentação de passageiros pela cabine.
O estudo, realizado a bordo de aeronaves Boeing 777 e 767 da United Airlines, mostrou que as máscaras ajudam a minimizar a exposição a infecções quando alguém tosse, mesmo em assentos vizinhos.
Cerca de 99,99% das partículas foram filtradas para fora da cabine dentro de seis minutos devido à circulação rápida do ar, à ventilação de ar em sentido para baixo e aos sistemas de filtragem da aeronave.
“Estes resultados significam que suas chances de exposição à covid em uma aeronave da United são quase inexistentes, mesmo que seu voo esteja cheio” disse o chefe de serviços ao consumidor da empresa aérea, Toby Enqvist.
O estudo estimou que, para receber uma dose infecciosa, um passageiro teria que voar 54 horas em um avião com uma pessoa contaminada.
A pesquisa durante seis meses envolveu 300 testes durante 38 horas de voo e 45 horas de testes em solo. Isso foi feito liberando partículas do mesmo tamanho do novo coronavírus em toda a cabine por seção, cada uma com 42 sensores representando outros passageiros que poderiam entrar em contato com as partículas.
Cada teste liberou 180 milhões de partículas –o número de partículas que seriam produzidas por milhares de tosses.
Os participantes do estudo incluíram a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa e a Boeing Co, entre outros.
Com informações Agência Brasil