Na segunda noite do Toque de Recolher, a Prefeitura de Campinas, por meio da Guarda Municipal e demais agentes de fiscalização, com apoio das polícias Civil e Militar, abordou 306 veículos, orientou 430 pessoas e fiscalizou 69 estabelecimentos, dos quais 16 foram fechados e 9 foram lacrados. As equipes também impediram um princípio de pancadão, com cerca de 70 pessoas, na região do Campo Grande. No local, três veículos foram autuados e dois recolhidos.
Esta sexta-feira, os prefeitos da RMC decidiram por não adotar o lockdown e seguir com o toque de recolher.
Os bloqueios aconteceram em bairros de todas as regiões da cidade, como Barão Geraldo, Castelo, São Marcos, Campos Elíseos, Centro, Campo Grande, Ouro Verde, Sírius, Chácaras Cruzeiro do Sul, Satélite Íris, Dic VI e Bassoli. Em Campinas, desde a última quinta-feira, 18, entre 20h e 5h, só podem funcionar serviços essenciais e a circulação das pessoas só é permitida para os que comprovem atuar em atividades essenciais, como hospitais e farmácias.
De acordo com Christiano Baggi, secretário de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública, as ações serão intensificadas durante o fim de semana. “Essa é uma medida importante e eficaz que o município encontrou para conter a propagação do coronavírus em nossa cidade”, disse. “O momento é crítico e contamos com a colaboração de toda a população. Só saia de casa se for extremamente necessário, não promova festas ou outros tipos de aglomeração. Isso é essencial neste momento”, completou.
A ação com caráter educativo.
Durante a operação, os veículos são parados e os motoristas orientados a voltar para casa. “O intuito da operação não é punir e nem restringir a circulação de pessoas. Não é uma limitação de locomoção porque Campinas não está em lockdown. A orientação é que as pessoas só saiam de casa em caso de necessidade de fato e não para lazer”, explicou Biggi.
A ação também tem um caráter dinâmico e toda a movimentação da cidade é acompanhada 24 horas pelas câmeras da Central de Monitoramento Integrado e pelos pontos de captura de OCR, que são os leitores de placas de veículos capazes de aferir o fluxo de carros e, por isso, no decorrer da operação, os pontos de bloqueio podem ser modificados.
Estabelecimentos
A ação será contínua e intensificada, diurna e noturna, até o dia 30 de março, conforme prevê o decreto. Equipes da Vigilância Sanitária, Setec e Secretaria de Planejamento e Urbanismo vão verificar se comércios, bares e restaurantes estão cumprindo os protocolos sanitários vigentes.
Supermercados, padarias, lojas de conveniência só podem funcionar até as 20h, assim como o serviço de drive thru. Após este horário, só por meio de delivery.
Caso seja constatada alguma irregularidade, o estabelecimento pode ser multado em 800 UFIC’s ou R$ 3030,88, lacrado e o proprietário levado para a delegacia.
Festas e aglomerações
O Setor de Inteligência da Guarda Municipal tem monitorado festas clandestinas. O decreto determina multas mais severas para estes casos, de 1.600 UFIC’c, ou R$ 6.061,76 e lacração do estabelecimento até o final da Fase Vermelha. Além disso, a Guarda Municipal vai conduzir os organizadores para a delegacia e eles poderão responder por crime contra a saúde pública, conforme prevê o Artigo 268 do Código Penal. O decreto municipal estabelece ainda punições para reuniões familiares com mais de dez pessoas.