Representantes dos trabalhadores e dos empregadores do setor têxtil se reuniram em São Paulo na sexta-feira (dia 17) para discutir e debater o momento vivido pelas empresas e empregados. A reunião aconteceu na sede do Sinditêxtil (Sindicato Patronal de São Paulo). De Americana, além do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, Antonio Martins, também esteve presente o presidente do Sinditec (Sindicato Patronal), Dilézio Ciamaro.
Os economistas do Sinditêxtil apresentaram gráficos demonstrativos da produção e geração de empregos do setor, comparando 2018 com o ano passado. De forma geral, a estimativa de crescimento de produção não ocorreu, as importações cresceram de forma moderada em virtude do aumento do dólar e os empregos se mantiveram estabilizados. Também foi debatida a reforma trabalhista. Neste sentido, a opinião geral foi que ela não impulsionou a geração de empregos. No entendimento dos participantes do encontro, ???temos mais de 13 milhões de desempregados. Uma lei, seja ela boa ou ruim, não é capaz de gerar empregos. O que gera empregos é crescimento econômico, o que não ocorre no Brasil???.Para o presidente dos Têxteis de Americana, Antonio Martins, o governo usou a geração de empregos como ???mel para iludir a população quando apresentou a reforma trabalhista. De concreto, a única coisa que a reforma fez foi a precarização dos trabalhadores e a desorganização do movimento sindical???.Representantes dos trabalhadores e sindicatos patronais pretendem agilizar as negociações para a renovação da Convenção Coletiva. A data-base da categoria é 1º de novembro e foi assumido o compromisso de que a Convenção seja fechada até o final da primeira quinzena de novembro, ao contrário do que tem ocorrido em anos anteriores, com as negociações se arrastando até dezembro ou janeiro.