O mercado imobiliário paulista conseguiu atravessar 2020 com bons resultados. No segmento de vendas de casas e apartamentos residenciais usados, em dezembro, o número de imóveis vendidos superou em 8,12% o obtido em novembro.

 

Além disso, a boa notícia é que, no acumulado do ano, os negócios efetivados registraram alta de 63,13% em todo o Estado, mostrando que a pandemia não produziu uma paralisação no mercado de imóveis de terceiros.

 

As locações também fecharam 2020 em alta, com volume acumulado de 12,73%. Nem mesmo o percentual de queda de 4,52% em dezembro na comparação com novembro impactou no balanço anual de aluguéis estaduais.

 

A análise desse cenário foi feita pela Pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP), que entrevistou 897 imobiliárias de 37 cidades paulistas.

 

A Capital foi a única região que, em dezembro, caminhou no sentido oposto ao obtido no restante do Estado. Lá, houve queda de 8,17% na quantidade de casas e apartamentos vendidos na comparação com novembro.

 

Em contrapartida, as outras três regiões em que a Pesquisa CRECISP divide o Estado demonstraram um crescimento nos negócios. Houve aumentos no Interior (13,01%); no Litoral (6,61%) e na Grande São Paulo – que inclui as cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Guarulhos e Osasco -, de 25,35% no período.

 

Em dezembro comparado ao mês anterior, também diminuiu a quantidade de novos contratos de aluguel assinados na Capital (-15,13%). A queda ocorreu, ainda, no Litoral (-18,39%) e na Grande SP (-8,18%), aumentando somente no Interior (6,72%).

 

“A pandemia trouxe uma maior preocupação com a moradia. Passamos a buscar novos imóveis, maiores, para que todos pudessem se acomodar e trabalhar em home office. Isso trouxe um aquecimento no mercado de venda e locação de imóveis usados”, explicou o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto.

 

Segundo Viana, “muitos optaram pela troca de suas casas e apartamentos na cidade por imóveis no Litoral e Interior, em busca de mais conforto e qualidade de vida, aproveitando a oportunidade de poderem trabalhar em casa.”

 

Vendas à vista lideraram em 2020

 

Somados os contratos de financiamento concedidos pela CAIXA e pelos bancos privados, o percentual de negócios realizados por meio de crédito imobiliário atingiu 52,96% (20,28% pela CAIXA; 32,68% pelos demais bancos).

 

Em todos os outros meses de 2020, a CAIXA também não liderou como o principal banco fornecedor de crédito imobiliário, ficando em média com 19% do total vendido.

 

Em 2020, as vendas à vista responderam por, em média, 40% do total de imóveis comercializados no ano e aos outros bancos restou uma fatia média de 26% das vendas realizadas.

 

Fiador tem preferência

 

No mês de dezembro, o fiador foi, novamente, a principal garantia locatícia utilizada nos contratos de aluguel. Ele liderou a preferência, com 42,29% dos negócios. Na sequência vieram o depósito em poupança (20,99%); o seguro fiança (18,69%); a caução de imóveis (9,99%); a cessão fiduciária (4,51%) e as locações sem garantia (3,54%).