As vendas de produtos medicinais de cannabis nas farmácias registrou crescimento recorde no primeiro trimestre de 2024. Foram comercializadas 417,6 mil unidades ante a 194,1 mil nos primeiros três meses de 2023, representando um crescimento impressionante de 151,4%.

 

Este aumento na demanda resultou em uma significativa circulação de valor no setor, totalizando 163,7 milhões de reais no período, em comparação com os 81 milhões de reais do ano anterior, representando um crescimento de 202%.

 

Esses dados foram compilados pela BRCANN, Associação Brasileira da Indústria de Canabinoides, que reúne as principais empresas do setor com operações no Brasil. As informações foram baseadas nos dados do IQVIA, um instituto globalmente reconhecido pelo monitoramento das vendas no setor farmacêutico.

 

Além disso, de acordo com a BRCANN, o aumento na demanda tem levado a uma redução significativa nos custos dos produtos de cannabis oferecidos nas farmácias. Houve uma diminuição média de 7% nos preços reais praticados, resultando em um ticket médio de 392 reais para os tratamentos oferecidos nas farmácias, tornando os produtos cada vez mais competitivos.

 

Para Bruna Rocha, Diretora Executiva da BRCANN, esses dados refletem uma tendência crescente de substituição da importação desses tratamentos pela compra em farmácias, devido à conveniência e segurança oferecidas, além da crescente acessibilidade e regulamentação pela Anvisa.

 

“Essa mudança de comportamento tanto por parte dos médicos quanto dos pacientes está intimamente ligada a uma série de fatores que vêm se fortalecendo ao longo do tempo. A segurança é um dos fatores cruciais nessa mudança de preferência. Com a compra desses produtos em farmácias, os pacientes têm a garantia de que estão adquirindo produtos de qualidade, que foram devidamente regulamentados e testados de acordo com os padrões estabelecidos pela Anvisa. Isso também ajuda a dissipar possíveis receios e estigmas associados ao uso desses produtos, tanto por parte dos pacientes quanto dos profissionais de saúde, contribuindo para uma maior aceitação e adoção desses tratamentos no país”.