O presidente da Câmara Municipal de Sumaré, vereador Willian Souza (PT), apresentou moção de apelo ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e ao governador do Estado de São Paulo, João Doria, pedindo incentivos ao crescimento da produção têxtil em Sumaré, bem como a implantação de mecanismos para que não haja alto índice de importações neste segmento. A moção foi aprovada com 18 votos durante a sessão ordinária realizada na noite desta terça-feira (17). 
Sumaré é integrante da chamada Região do Polo Têxtil (RPT), formado ainda pelas cidades de Nova Odessa, Americana, Hortolândia e Santa Bárbara d???Oeste, conhecida como o maior polo da indústria têxtil do Brasil. Trata-se também de um dos principais locais em que são produzidas fibras artificiais e sintéticas na América Latina. A produção na região, em sua maior parte, é de tecidos para vestuário masculino e feminino, tecidos para decoração e tecidos técnicos. 
???Nosso município abriga cerca de 50 fábricas de manufaturas têxteis (fios/linhas, tecidos e malhas), beneficiamento e confeccionados (vestuário e linha lar), gerando aproximadamente dois mil empregos diretos. Uma participação relevante na economia local e regional. No Estado, aproximadamente 450 mil trabalhadores e trabalhadoras dependem deste segmento???, destaca Willian Souza. 
O vereador ressalta, no entanto, que tais indústrias e empresas convivem constantemente com o temor da entrada de produtos importados no mercado nacional, principalmente nesta área têxtil, fato que destrói a indústria nacional. ???Nossa produção regional sofre a partir das mudanças comerciais, com o aumento da importação de produtos, principalmente asiáticos, perdendo a competitividade no segmento têxtil???. 
Com a competição desigual, segundo o presidente da Mesa Diretora, muitas empresas perdem condições de permanecer no mercado, sofrendo grande impacto e sendo obrigadas a diminuírem sua produção e demitirem trabalhadores. 
Entre as principais demandas das indústrias e que dependem da intervenção dos governos Estadual e Federal, estão a ampliação da concessão do benefício do crédito outorgado de ICMS para insumos ainda não contemplados, como o algodão; revisão dos preços do gás natural e GLP, permitindo a concorrência no mercado global; e a possibilidade de utilizar créditos acumulados do ICMS para o pagamento de fornecedores e uma ação de combate à informalidade.