Quando o assunto é tecnologia, as maiores referências globais em pesquisa, análises e assessoria são Gartner, Ovum, Forrester e IDC. De acordo com Christian Geronasso, consultor especialista em geração de valor e inovação e membro o Comitê Macroeconômico do ISAE ??? Escola de Negócio, os estudos dessas instituições orientam a tomada de decisão dos principais executivos de tecnologia do mercado.
???No início do mês de outubro, a cidade de Orlando, na Flórida (EUA), recebeu o Gartner Symposium/Itxpo, evento que contou com a participação das maiores empresas de tecnologia do mundo, entre elas IBM, Microsoft, Intel, Amazon e Google. Durante o simpósio, as gigantes do mercado compartilharam suas visões estratégicas sobre as tendências da tecnologia e negócios???, detalha Geronasso.
Durante o evento, foram listadas 10 tendências tecnológicas como apostas para 2018, agrupadas em três categorias: Inteligente, Digital e Mesh (rede em malha). Para Christian Geronasso, cinco delas irão revolucionar o mundo:
· Fundação IA (Inteligência Artificial): a criação de sistemas com a capacidade de aprender, se adaptar e, potencialmente, atuar sozinhos, será um campo de batalha para fornecedores de tecnologia até 2020.
· Aplicativos Inteligentes e Capacidade Analítica: aplicativos inteligentes podem criar uma camada intermediária entre pessoas e sistemas, com o objetivo de aumentar o potencial humano e não substituí-lo.
· Coisas Inteligentes: o número de dispositivos conectados só aumenta com o passar dos anos. Além de aumentar em tamanho, a Internet das Coisas (IoT) passará a ser mais autônoma ou semi autônoma, e o Gartner aposta que, até 2022, teremos automóveis se deslocando em rodovias sem ser necessário que um ser humano esteja atrás do volante.
· Gêmeos Virtuais: é a representação digital do mundo real em que o objeto virtual é um espelho fiel do seu gêmeo físico, com todas as suas propriedades e características. O maior benefício é a simulação de cenários “E se…”, utilizando os gêmeos virtuais, sem a necessidade de desperdício de materiais e horas-homem.
· Da Nuvem à Borda: um automóvel autônomo precisa ter capacidade de processamento suficiente na Borda (Edge) para decidir qual a melhor chance de seus passageiros sobreviverem em um acidente. Precisa também comunicar os dados com a nuvem para que a montadora monitore as manutenções do veículo. Esta arquitetura Nuvem-Borda-Nuvem será um dos desafios dos próximos anos.
???O estudo ainda cita detalhes de como as tecnologias de Plataformas Conversacionais, Experiências imersivas, Blockchain, Modelos Orientados a Eventos e Modelos de Adaptação Contínua de Risco e Confiança???, completa o especialista.