A campanha de vacinação contra a Covid-19 vem crescendo na RMC (Região Metropolitana de Campinas). Só nas duas últimas semanas – entre os dias 21 de junho e 5 de julho -, mais 358.150 doses dos imunizantes disponíveis foram aplicadas nas 20 cidades que compõe a região, sendo 333.602 primeiras doses, 11.893 segundas doses e mais 12.655 doses únicas. No total, 1.756.365 doses já foram aplicadas na RMC, sendo que 1.336.250 pessoas já receberam ao menos uma dose e outras 420.115 estão com o esquema vacinal completo.
Os dados são do Vacinômetro, ferramenta criada pela Secretaria Estadual de Saúde, e levam em conta os números contabilizados até o final da manhã desta segunda-feira (5). O Vacinômetro aponta, em tempo real, quantas pessoas já receberam a primeira e a segunda dose da vacina, inclusive com dados individualizados para cada cidade. O acesso pode ser feito através do link vacinaja.sp.gov.br/vacinometro. Além disso, a ferramenta também disponibiliza o quantitativo de doses enviadas aos municípios.
De acordo com nota técnica emitida pelo Observatório da PUC-Campinas (Pontífica Universidade Católica), apesar do brilhante trabalho que os municípios da Região Metropolitana de Campinas vêm fazendo na campanha de imunização, “com grande agilidade de aplicação de doses”, o pequeno quantitativo que tem chegado aos municípios – por conta da negligência do governo federal em adquirir vacinas em tempo oportunidade – impede uma campanha mais robusta e com potencial de impactar, em curto prazo, a evolução da epidemia.
“O papel protetor das vacinas é nítido e claro, visto que hoje em dia é muito difícil encontrar pacientes acima de 70 anos nas UTIs-COVID, justamente as faixas etárias já imunizadas com duas doses de vacina. Entretanto, devido à negligência do governo federal em adquirir vacinas em tempo oportuno, há uma grande parcela da população ainda não imunizada com duas doses, o que deixa um enorme contingente de suscetíveis vulneráveis à infecção, adoecimento, internação e óbito. É possível que com a previsão de chegada de mais imunizantes no segundo semestre e a já evidente grande capacidade dos municípios em aplicar as doses com agilidade, possamos sair definitivamente desta situação crítica nos próximos três ou quatro meses”, apontam os especialistas da universidade.