5 profissões que estão em alta e que somente um curso de IA irá formar

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Num mundo em que a tecnologia avança mais rápido do que os currículos universitários, a Inteligência Artificial está transformando não só a maneira como se trabalha, mas o próprio conceito de profissão. Segundo o Fórum Econômico Mundial, 40% das habilidades exigidas no mercado atual devem mudar até 2030. Ao mesmo tempo, 170 milhões de novos empregos serão criados, enquanto 92 milhões deixarão de existir e, na balança, haverá um saldo de 78 milhões de novas oportunidades que exigem profissionais preparados para desafios inéditos.

Essas transformações já estão à vista: algoritmos tomam decisões antes feitas por humanos, robôs aprendem sozinhos e assistentes virtuais escrevem textos, corrigem códigos e até auxiliam diagnósticos médicos. Em meio a tudo isso, surgem profissões que há poucos anos soariam como ficção científica, mas que hoje são tendência global.

“É uma revolução silenciosa, e vai sair ganhando quem estiver preparado”, projeto o docente dos cursos de Inteligência Artificial do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ) e do Centro Universitário Max Planck (UniMAX Indaiatuba), professor Marcone Medina, que também é especialista em inteligência artificial e cyber segurança.

A busca por esses talentos tem crescido na medida em que as empresas passam a utilizar a inteligência artificial para as mais diversas funções, dando origem a ocupações moldadas por essa necessidade. Quanto mais o uso da IA cresce, mais surgem profissões que sequer ainda têm formação específica. São trabalhadores dedicados a desenvolver ou melhorar o desempenho dessas ferramentas.

Confira abaixo cinco profissões que estão em alta e que somente um curso de Inteligência Artificial é capaz de formar para atender às demandas do mercado:

1 – Engenheiro de prompt

O engenheiro de prompt é o profissional responsável por criar e refinar as instruções dadas a modelos generativos, traduzindo as necessidades humanas em linguagem compreensível pelas máquinas. Ele atua como uma ponte, direcionando o raciocínio para obter o melhor resultado possível.

2 – Especialista em ética de IA

Outra profissão em alta é o de especialista em ética de IA, que atua entre a tecnologia e as ciências humanas para garantir o uso justo, transparente e responsável dos algoritmos para a sociedade. Ele é o responsável por criar e implementar códigos de conduta para a aplicação da IA nas organizações.

3 – Desenvolvedor de machine learning

Também estão ganhando espaço os desenvolvedores de machine learning, que projetam sistemas capazes de aprender com dados e tomar decisões sem serem explicitamente programados para isso. Ou seja, ensinam a IA a reconhecer padrões, fazer previsões e melhorar seu desempenho a partir da interpretação de novas informações. Um exemplo prático são sistemas para o mercado da saúde, onde uma IA pode a partir de dados de exames, fazer um cruzamento e definir padrões que consigam prever o surgimento precoce de determinada doença.

4 – Cientista de dados

Também em alta está a carreira do cientista de dados especializado em IA, que atua auxiliando na interpretação desse grande volume de informações e prepara os dados que vão alimentar esses modelos inteligentes.

5 – Especialista em segurança cibernética

O profissional em segurança cibernética é responsável por implementar camadas de proteção que asseguram a privacidade, monitora fraudes e garante a conformidade com legislações, sendo um dos mais procurados atualmente. No fim, um único sistema vai gerar diversas funções que podem se relacionar entre si, como uma teia.

Capacitação para o mercado de trabalho

Todas essas carreiras citadas têm algo em comum: exigem domínio técnico, visão estratégica e sensibilidade ética. Formações em Ciência da Computação e Engenharia de Software eram, até pouco tempo, as que mais se aproximavam das competências exigidas nessas profissões, mas com o surgimento da graduação em inteligência artificial, o profissional do futuro poderá ter um melhor direcionamento e conhecimento específico.

“A melhor maneira de enfrentar uma onda de transformação é adotá-la para si, os cursos de IA devem preparar muitos profissionais para esse novo momento, mas meu conselho é que todos independente da área atualizem seus conhecimentos no assunto e busquem aprendizado constante”, orienta Medina.

E, assim como em outros momentos disruptivos da história, como na Revolução Industrial, por exemplo, o papel do humano mudou, mas continuou sendo necessário. Por isso, as empresas também buscam profissionais com pensamento crítico, capacidade de comunicação e colaboração. “As profissões do futuro vão exigir um equilíbrio entre raciocínio técnico e empatia. Não adianta dominar algoritmos se não entendermos as pessoas que eles vão impactar”, conclui Medina.

 

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