A Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar registrou hoje, dia 11/1, Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia de Polícia Civil, no qual relata a situação do contrato firmado com a Prefeitura de Sumaré para a gestão da UPA 24h Macarenko e do PA Matão.
Conforme o Boletim de Ocorrência, atualmente, a dívida da Prefeitura com a Pró-Saúde é de aproximadamente R$ 10,6 milhões, fato que tem impedido a entidade de prestar o serviço de saúde integral para a população. Hoje, faltam recursos financeiros para o pagamento dos serviços médicos, funcionários das unidades, fornecedores e compra de insumos básicos. Por esse motivo, o atendimento segue restrito aos casos de urgência e emergência. Para se ter uma ideia da dificuldade em receber, a Pró-Saúde informou no BO que o pagamento relativo ao mês de setembro de 2016 foi realizado pela Prefeitura em dez datas diferentes, entre 26/10/2016 e 27/12/2016. O último recurso que a Pró-Saúde recebeu da Prefeitura foi em 29/12/2016, no valor de R$ 320.380,00, dinheiro utilizado para o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário dos funcionários. Diante dos constantes atrasos, a Pró-Saúde enviou vários ofícios à Prefeitura de Sumaré, cobrando o cumprimento do contrato com o pagamento da dívida. Transição Ainda no Boletim de Ocorrência, a Pró-Saúde também relata um encontro ocorrido em razão da mudança de comando da Prefeitura. No dia 30/12/2016, a entidade foi procurada por uma pessoa que se identificou como Vladimir, dizendo-se integrante da equipe de transição do atual governo municipal. Ele afirmou que a Prefeitura de Sumaré não teria interesse em manter o contrato com a Pró-Saúde e que o encontro seria para resolver a situação amigavelmente. No mesmo dia, Vladimir apresentou outra pessoa, que entregou um cartão de visita, identificando-se como o advogado Paulo Antonio Leite. Ele se dizia representante da FENAESC (Federação Nacional das Entidades Sociais e Comunitárias), organização que, segundo seu site, realiza gestão de unidades de saúde. A reunião também contou com a presença de duas pessoas que se identificaram como sendo da diretoria da FENAESC, Leonardo e Ricardo. Durante o encontro, Paulo afirmou que a FENAESC iria assumir a gestão da UPA 24h Macarenko e do PA Matão. Qualidade O contrato de gestão entre a Prefeitura de Sumaré e a Pró-Saúde foi firmado em agosto de 2014, válido por 60 meses, a um custo mensal de R$ 3,2 milhões. Em agosto de 2016, houve uma revisão contratual e o novo valor foi atualizado para R$ 3,6 milhões mensais. Porém, os pagamentos nunca foram cumpridos, conforme previa contrato. Do início do contrato de gestão até dezembro de 2016, a UPA 24h Macarenko realizou 361.741 atendimentos. No PA Matão, durante o mesmo período, foram realizados 225.465 atendimentos. A média de satisfação dos usuários nas unidades foi de aproximadamente 90%. Sobre a Pró-Saúde A Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar completa em 2017, 50 anos de atuação e é considerada uma das maiores instituições de gestão de serviços de saúde e administração hospitalar do País. Presente em todas as regiões do Brasil, a entidade tem sob sua responsabilidade quase três mil leitos e o trabalho de cerca de 20 mil profissionais, sendo 3,5 mil médicos. Entidade filantrópica, sem fins lucrativos, a Pró-Saúde é certificada como Entidade Beneficente de Assistência Social na Área da Saúde. Tal reconhecimento oficial pelo Ministério da Saúde reforça sua atuação no âmbito da gestão do SUS, com eficiência e qualidade, ampliando o acesso da população aos serviços. Sua atuação na área de administração hospitalar tornou a entidade amplamente reconhecida no setor e permite que a Pró-Saúde ofereça a mesma qualidade em assessoria e consultoria, planejamento estratégico, capacitação profissional, diagnósticos hospitalares e de saúde pública, além da gestão de serviços de ensino.