Há duas semanas na presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o deputado estadual Cauê Macris (PSDB) cancelou uma licitação de R$ 1,54 milhões para a compra de 920 cadeiras giratórias de luxo. A decisão causou um mal-estar com seu antecessor, o também deputado estadual tucano Fernando Capez.
As exigências técnicas para a aquisição das cadeiras para a Casa, que conta com 94 parlamentares, são bastante específicas. O documento exige dos fornecedores que elas tenham ???ajuste da tensão do mecanismo de inclinação para possibilitar o movimento relax ao biótipo do usuário através de manípulo sob o assento???.
Outro item descrito pede que cada unidade seja ???giratória em 360 graus, em nylon de alto impacto ou aço, na cor preta; deslocamento horizontal através de cinco patas, rodízio espaciais blindados de alta resistência, com controle de frenagem automático e manual, em nylon para piso frio e carpete???.
Ao Estado, Macris criticou a decisão da mesa diretora da legislatura anterior de ter aberto uma licitação como essa em tempo de crise. ???Como pode a Assembleia, em uma crise como essa, ter feito uma licitação assim para comprar 920 cadeiras? Determinei o cancelamento e a suspensão (da licitação). Não teria cabimento.???
Decisão. Ex-presidente da Assembleia, Fernando Capez afirmou que a decisão de suspender a licitação foi dele, e não do colega de bancada. ???Não foi o Cauê que suspendeu, fui eu.???
Capez afirmou, porém, que a decisão no Diário Oficial virá com assinatura de Macris porque ele optou por deixá-la para a nova mesa diretora, mas após ter alertado o sucessor.
???Eu não cancelei e deixei a decisão para a nova Mesa a pedido do Cauê???, disse o deputado estadual. Ainda segundo Capez, a decisão de abrir uma licitação de compra de mobiliário é uma atribuição do 1.° secretário, que na legislatura anterior era o deputado ??nio Tato, do PT.