Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o candidato à Presidência com o maior potencial de voto entre nove nomes testados pelo instituto ??? entre eles, pela primeira vez, o do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).
O levantamento mostra que, desde o impeachment de Dilma Roussef (PT), há um ano, a rejeição a Lula caiu 14 pontos ??? hoje é de 51%, número próximo à soma dos que dizem que votariam nele com certeza (30%) e dos que poderiam votar (17%).
A pesquisa foi feita entre os dias 7 e 11 de abril, portanto antes da divulgação do conteúdo das delações feitas por executivos e ex-executivos da Odebrecht na Operação Lava Jato, que comprometeram ainda mais o ex-presidente, com detalhes sobre repasses de dinheiro ilegal e pagamento de benefícios pessoais, como no caso do sítio de Atibaia.
As delações, no entanto, também envolveram outros presidenciáveis, como os tucanos Geraldo Alckmin, Aécio Neves e José Serra. Segundo o Ibope, desde outubro de 2015, a soma dos que votariam com certeza ou poderiam votar em Aécio despencou de 41% para 22%, enquanto a de Serra caiu de 32% para 25% e a de Alckmin, de 29% para 22%. Em relação à rejeição, os três tucanos têm índices maiores que o de Lula: 62%, 58% e 54%, respectivamente.
Já Doria, incluído pela primeira vez, tem 16% de eleitores potenciais (6% votariam com certeza e 10% poderiam votar). A rejeição dele, no entanto, é muito menor que a dos outros tucanos (36%), assim como a taxa de conhecimento (44% não o conhecem, contra 24% de Alckmin e 16% de Serra e Aécio), o que mostra potencial para crescimento.
Marina Silva (Rede), como os tucanos, viu reduzir seu potencial de voto: 33% votariam ou poderiam votar nela contra 39% em 2015 e há um ano. A rejeição a seu nome aumentou de 46% para 50% no último ano.
Jair Bolsonaro (PSC-RJ) aparece com 17% de potencial de voto na pesquisa, seis pontos percentuais a mais em relação ao mesmo mês do ano passado. Sua rejeição, no entanto, também cresceu, passando de 34% para 42%.