O cordão umbilical, normalmente descartado após o nascimento do bebê, é rico em células-tronco em um estágio com alto poder terapêutico. Esse fato faz o especialista indiano Dr. Niranjan Bhattacharya chamar a atenção para que as pessoas procurem saber sobre as células-tronco contidas nesse material antes de descartá-lo.
As células-tronco presentes no cordão umbilical têm o poder de curar ou reparar diversas doenças além de inúmeras patologias estarem em fase de estudo clínico, apresentando resultados positivos. Bhattacharya afirma que as propriedades do material coletado do cordão umbilical evitam a possibilidade de infecções ou rejeições por ainda ser puro e não ter sido exposto a situações externas. ???Já presenciei mais de 1000 transplantes utilizando o sangue do cordão umbilical como substituto ao sangue adulto e nunca foi visto problemas após a transfusão???, destaca o especialista.Encontram-se células-tronco hematopoiéticas e mesenquimais, presentes tanto no sangue quanto no tecido do cordão umbilical. Cada uma delas possui propriedades para atuar em determinadas doenças. Por exemplo, o material pode ser usado em tratamentos de leucemias, anemia falciforme, deficiências imunológicas, paralisia cerebral, esclerose múltipla e regeneração de tecidos, cartilagens e ossos. Ao descartar o cordão umbilical após o nascimento de uma criança, toda essa riqueza de material e possibilidades de tratamentos também é desperdiçada. Quando se coleta e armazenam as células-tronco do cordão umbilical, é possível garantir não só a compatibilidade do material com a própria criança, como também a chance de tratamento entre irmãos e parentes próximos.     ???O tratamento com células-tronco já é uma realidade no Brasil e no mundo, porém, muitos ainda desconhecem seu potencial terapêutico. Acreditamos que se as pessoas tomassem conhecimento de sua riqueza e importância, teriam a consciência de que pensar sobre o assunto realmente vale a pena???, disse a responsável técnica do banco de armazenamento de células-tronco, Widecells Brasil, Dra. Flávia Corrocher.