Pai do processo de cassação da presidente Dilma (PT), na figura do senador Aécio Neves e do advogado Miguel Reale Jr, o PSDB não conseguiu segurar o monstro e criou e hoje enfrenta o desafio de tentar ir para o segundo turno na eleição do ano que vem.

Por mais que tenha sido derrotado nas 4 ocasiões, o PSDB foi o adversário do PT em 2002, 2006, 2010 e 2014. Mas terá gigantes dificuldades de ver este cenário se repetir ano que vem.
O fator novo é a direita estilo Bolsonaro, que abraçou a candidatura Serra ‘anti aborto’ em 2010 e Aécio 2014. 
Mas essa nova direita tem um ‘mito’ pra chamar de seu. E ele jogou os tucanos na encruzilhada- ou no corner.
Quem quer que seja o nome do PSDB ano que vem- ou mesmo Doria em outro partido- precisa encontrar um meio de tirar votos de Jair Bolsonaro (voto conservador e antissistema) atacando-o e adotando seu discurso. Aí mora a encruzilhada. 
O eleitor de Bolsonaro é consolidado no discurso contra toda a política (leia-se PT, PSDB, PMDB e mais) e como convencer esse eleitor estando em uma das legendas mais ‘do sistema’ de todas. Os tucanos são queridinhos da mídia e defendem valores do humanismo- isso os torna ‘esquerda demais’ para o bolsofã.
O problema está posto. Os tucanos precisam ainda escolher seu cavalo para a batalha. E depois resolver este dilema- como derrubar Bolsonaro sem perder o voto desse eleitor descrente com a política.