A balança comercial brasileira registrou um superávit recorde de US$ 53,2 bilhões de janeiro a setembro. O valor é 47,3% maior que o registrado no mesmo período do ano passado e supera o saldo comercial de todo o ano de 2016, que foi de US$ 47,7 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (2) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). 
Apenas no mês de setembro, o superávit foi de US$ 5,178 bilhões. Esse foi o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica do governo, em 1989.
Segundo o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto, o resultado foi impactado por exportações na ordem de US$ 164,6 bilhões, valor 18,7% maior que o do mesmo período do ano passado. Já as importações, somaram US$ 111,3 bilhões na mesma base de comparação, 14,4% acima do registrado no mesmo período de 2016.   ExportaçõesAté o mês de setembro, todas as categorias de produtos exportados registraram aumento: produtos básicos (+26,9%), semimanufaturados (+13,7%) e manufaturados (+11,2%). No que se refere aos produtos básicos, a alta é explicada por maiores vendas de petróleo, minério de ferro, minério de cobre, soja em grão, carne suína, carne bovina, carne de frango e café em grão. Em relação aos semimanufaturados, os maiores aumentos ocorreram nas vendas de semimanufaturados de ferro e aço, ferro fundido, madeira serrada, açúcar, ferro-ligas, celulose e óleo de soja em bruto. Já o crescimento no grupo dos manufaturados é explicado por maiores embarques de óleos combustíveis, tratores, automóveis de passageiros, máquinas de terraplanagem, veículos de carga, laminados planos, açúcar refinado, óxidos e hidróxidos de alumínio, autopeças, calçados, pneumáticos, motores para veículos e bombas e compressores.  ImportaçõesAgora, quando o assunto é importação, houve um crescimento na compra de combustíveis e lubrificantes, bens intermediários e bens de consumo, principalmente maiores gastos com gasolina, insumos industriais, automóveis, equipamentos de transporte não industrial, entre outros.  Para este ano, a previsão é de que a  balança comercial supere US$ 60 bilhões, ultrapassando o recorde do ano passado, que foi de US$ 47,7 bilhões.