Momentos de crise econômica são vistos como ruins pela maioria das pessoas, mas muitos ainda os veem como oportunidade de buscar a independência e seu lugar no mercado.
De acordo com um levantamento realizado pelo Empresômetro, entidade que mapeia as empresas ativas no Brasil e oferece informações relevantes sobre o panorama econômico no país, os empreendedores individuais, micro e pequenas empresas, tiveram crescimento expressivo de 2014 até os dias de hoje, demonstrando que em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, os maiores mercados do país, o crescimento dos negócios se mantém estável.Taxa de desocupação X Novas empresas
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o índice de desocupação vem aumentando desde que iniciada sua observação atingindo maiores médias neste ano, sendo de 12,6% no trimestre de junho a agosto[1].Por outro lado, mais de 6 mil empresas nascem todos os dias no Brasil, tendo como facilitador as regras menos burocráticas para abertura, em especial dos microempreendedores individuais, mas é um panorama que tende a mudar conforme a economia se estabilize: “Foram momentos turbulentos, que causaram demissões e paralisações de empresas de médio e grande portes, mas o mercado e a economia sempre encontram um ponto de equilíbrio, reduzindo bastante o índice de abertura de empresas”, explica o diretor executivo do Empresômetro, Otávio Amaral.O número de empresas ativas no Brasil cresce constantemente, mantendo a economia do país ainda forte, garantindo empregos e fortalecendo as pequenas e médias empresas. “Temos um cadastro de mais de 20 milhões de empresas ativas no Brasil. ?? possível notar que a crise impulsionou a abertura dessas empresas, como vemos em nosso levantamento desde o ano de 2014, o comércio de roupas e acessórios aumentou em quase 40% daquele ano até hoje”, explica Amaral.Outros segmentos da economia têm mantido a média de desenvolvimento. “Temos visto um crescimento estável desde o ano de 2014 nas pequenas e médias empresas, diversos setores, como os restaurantes e lanchonetes, têm mantido o índice de crescimento”.O mais notável é a quantidade de microempreendedores, com um aumento mais do que significativo, é o que revelam os dados do Empresômetro. No Rio de Janeiro, por exemplo, o número saltou de 450.244 em 2014 para 924.075 hoje, mais do que o dobro.Esse crescimento é também responsável pelo aumento da receita tributária, isto é, de maior arrecadação de impostos pelo Governo. Segundo dados da Receita Federal do Brasil, o Simples Nacional no primeiro trimestre deste ano já soma mais de 18 bilhões de reais arrecadados.Mesmo com pequena retração na arrecadação do Simples, os empreendedores de pequenas e médias empresas fazem com que a arrecadação cresça no que tange o ICMS. Esse aumento e manutenção da receita tributária é consequência direta do aumento do índice de desocupação versus abertura de novas empresas: “O empreendedor, hoje, é geralmente a pessoa que perdeu sua posição em alguma empresa e, por necessidade e para sair muitas vezes da informalidade, decidiu abrir seu próprio negócio”, esclarece Amaral.As áreas que mais crescem são justamente aquelas que trazem habilidades natas, como vestuário e alimentos: “São habilidades que as pessoas já detêm e as usam para iniciar seus próprios negócios”, conclui.Sobre o Empresômetro
O Empresômetro é uma startup voltada para inteligência de mercado, oferecendo, em tempo real, informações sobre as empresas brasileiras, sejam ativas ou inativas. Por meio de metodologia única e exclusiva, mantém os dados de empresas que realmente estão ativas no Brasil, cruzando informações de diversos órgãos e entidades, sendo a primeira a oferecer as informações de forma simplificada pela web, com base em dados atualizados em tempo real.