A transformação digital dos bancos tem mudando a cara da indústria financeira. Em velocidade exponencial, estas instituições estão modificado a maneira como prestam serviços e lidam com seus clientes. Essa atmosfera de inovação é resultado da influência dos bancos digital-native, que já nasceram com essa proposta e foram os responsáveis por incitar a revisão do modelo de negócios das instituições bancárias tradicionais e sua oferta para os consumidores finais. Era uma questão de sobrevivência.
A face menos visível desta transformação é a mudança na interação entre as pessoas jurídicas. Esta relação é composta principalmente dos comércios eletrônicos, e as entidades que lhes oferecem serviços, entre elas adquirentes e bancos, que também passam por um profundo movimento de reforma. Há pouco tempo, a escolha de parceiros de pagamentos era vista como um processo secundário e seu serviço como uma commodity; algo que as empresas utilizavam apenas por necessidade e escolhiam levando em conta o menor preço. Existe, no entanto, uma silenciosa revolução acontecendo nos bastidores dos serviços das credenciadoras e o motivo é o mesmo: adquirentes que nasceram digitais.Umas das principais consequências das revoluções tecnológicas é a criação de comportamentos até então inéditos e que, quando se estabilizam e deixam de ser uma novidade, tornam-se corriqueiros. Difícil mesmo é lembrar uma rotina anterior a eles. Se os bancos conseguiram eliminar longas filas para serviços que hoje parecem ser triviais serem realizados pelo smartphone, os adquirentes também assistem a uma quebra de paradigmas no processamento de pagamentos. Exemplos de experiências como as do Uber, Netflix ou Amaro nem seriam possíveis sem essa evolução dos serviços de adquirência no mundo todo.Do legado ao groundbreakingQuando em meio a um processo de modernização ou digitalização, muitas empresas online se veem diante de um dilema: gradualmente atualizar os sistemas atuais e processos legados ou substituí-los definitivamente por soluções mais inovadoras?A resposta para esta questão é complexa, por isso, a maioria das empresas prefere a manutenção de suas soluções e processos atuais. Esta escolha se mostra a longo prazo um entrave à completa transformação digital.Esta posição em que se encontram o varejo e os prestadores de serviço online mostram a necessidade inadiável de inovação da indústria de pagamentos, como aconteceu com os serviços bancários para pessoa física. O momento é chave para abandonar a visão da adquirência como uma commodity, pois esta é uma visão bastante estreita. ?? hora de enxergar o processamento de pagamentos como um serviço de tecnologia, com etapas diversas e infinitas possibilidades de otimização. Uma transformação digital bem sucedida resulta do uso de plataformas com ferramentas avançadas criadas para serem flexíveis, escaláveis, robustas, seguras e inteligentes.Exemplo disso é a quantidade de informação possível de reunir de cada transação – negada ou aprovada. A partir delas as empresas entendem melhor o comportamento do consumidor e do banco emissor; a performance de suas vendas; e a popularidade de diferentes métodos de pagamento, entre outros dados que podem ser usados a favor do sucesso de seu negócio digital. ?? necessário, contudo, um adquirente pronto para processar e tratar estes dados com inteligência, senão, eles acabam desperdiçados em caixas pretas.Uma plataforma de pagamentos digital-first, que trabalhe de ponta a ponta, consegue entregar um serviço de valor agregado, pois tem a capacidade técnica necessária para lidar com a granularidade de um grande volume de transações. Nenhum dado se perde, do processamento da transação ponta a ponta; todos eles se transformam em Business Intelligence. No final do dia, como ganharam os clientes com a digitalização dos bancos, serão as lojas digitais que se livrarão das limitações e poderão oferecer uma experiência avançada de compra para seus consumidores.