A melhora no mercado imobiliário

Economia,

A melhora no mercado imobiliário

9 de setembro de 2017

Os escândalos de corrupção atrapalharam, e muito, o ano de 2017, que prometia ser de retomada da economia. Mesmo assim, a tendência de melhora nos negócios registrados no mercado imobiliário deve ser comprovada no fechamento do segundo semestre.

A demanda por imóveis novos diminuiu. O mercado de imóveis é complexo, e quando ocorre a retração na comercialização de imóveis novos, os usados também são afetados, e vice versa.Mas se ainda nao  é realidade,  estas  boas perspectivas podem ser explicadas pelo conjunto de medidas econômicas que está sendo aplicado.  A inflação está sob controle, os juros recuam, as taxas de desemprego estão diminuindo e os preços de imóveis apresentam estabilização: tudo isso representa otimismo no setor imobiliário.
Mas o que é certo é que o mercado vai voltar a crescer quando os preços começarem a dar indícios de que vão subir. Neste momento,  os compradores de casas próprias e principalmente os investidores direcionarão seus recursos na aquisição de imóveis.
Indicadores ??? Os indicadores da economia interferem diretamente no segmento imobiliário. A taxa de juros tem sido reduzida sistematicamente. ?? porque a inflação está controlada e dentro da meta do governo. O mercado está fazendo previsão de inflação para 4% ou 4,5% ao ano. No começo deste ano, a previsão era de 5,07%.
Isso comprova, de forma bastante clara, que as perspectivas para o mercado imobiliário no segundo semestre são muito otimistas. Essa situação reflete diretamente no poder e na disposição de compra dos consumidores brasileiros e torna a compra destes bens mais atraente. A expectativa é de que, ainda este ano, o PIB brasileiro cresça em torno de 0,4% a 0,5% e o mercado está bastante animado com a possibilidade. Pode ser um “Pibinho”, mas se for positivo poderá ser o início da retomada,Outro indicador que é preciso ressaltar é o nível de emprego. Com o crescimento do PIB, é natural que a geração de empregos aumente. Com mais pessoas empregadas, aumenta o numero dos que têm condições de conseguir crédito e adquirir um imóvel, fazendo a economia girar e o mercado de imóveis crescer. A taxa de desemprego é um dos fatores mais decisivos para o mercado imobiliário, já que, dificilmente, uma pessoa sem trabalho ou insegura em relação ao seu emprego irá cogitar de comprar um imóvel ou se mudar de casa.
2018 – ?? possível já fazer uma análise positiva de 2018, levando em conta o anúncio recente, por parte do governo, das novas regras para o Programa Minha Casa Minha Vida. Mas para este ano, ainda não. O setor imobiliário leva em conta se as pessoas estão mais cautelosas quando têm que decidir se vão comprar um imóvel. Trata-se de um bem de valor alto, que compromete a renda das pessoas ou mesmo da família: uma aquisição de longo prazo.
Por estas razões o mercado imobiliário demora mais para reagir ao momento da economia. Assim, quando a economia volta a registrar crescimento,  primeiro os setores como os de bens de consumo leve e duráveis se aquecem. Só depois que a estabilização se consolidou, o mercado imobiliário começa a ser ativado. Ou seja, ele é um dos últimos a serem beneficiados com a recolocação da economia nos trilhos do desenvolvimento.
Mas infelizmente o governo é claudicante, porque ao mesmo tempo que alarga o espectro da MCMV, Minha Casa Minha Vida,  como fez neste ano de 2017, a Caixa Econômica Federal também diminui o limite de financiamento de imóveis novos e usados. E a CEF responde por volta de 70% dos financiamentos imobiliários. 

*** Bence Pál Deák é economista e advogado especializado em Direito Imobiliário

Gostou? Compartilhe!

A melhora no mercado imobiliário

Economia,

A melhora no mercado imobiliário

9 de setembro de 2017

Os escândalos de corrupção atrapalharam, e muito, o ano de 2017, que prometia ser de retomada da economia. Mesmo assim, a tendência de melhora nos negócios registrados no mercado imobiliário deve ser comprovada no fechamento do segundo semestre.

A demanda por imóveis novos diminuiu. O mercado de imóveis é complexo, e quando ocorre a retração na comercialização de imóveis novos, os usados também são afetados, e vice versa.Mas se ainda nao  é realidade,  estas  boas perspectivas podem ser explicadas pelo conjunto de medidas econômicas que está sendo aplicado.  A inflação está sob controle, os juros recuam, as taxas de desemprego estão diminuindo e os preços de imóveis apresentam estabilização: tudo isso representa otimismo no setor imobiliário.
Mas o que é certo é que o mercado vai voltar a crescer quando os preços começarem a dar indícios de que vão subir. Neste momento,  os compradores de casas próprias e principalmente os investidores direcionarão seus recursos na aquisição de imóveis.
Indicadores ??? Os indicadores da economia interferem diretamente no segmento imobiliário. A taxa de juros tem sido reduzida sistematicamente. ?? porque a inflação está controlada e dentro da meta do governo. O mercado está fazendo previsão de inflação para 4% ou 4,5% ao ano. No começo deste ano, a previsão era de 5,07%.
Isso comprova, de forma bastante clara, que as perspectivas para o mercado imobiliário no segundo semestre são muito otimistas. Essa situação reflete diretamente no poder e na disposição de compra dos consumidores brasileiros e torna a compra destes bens mais atraente. A expectativa é de que, ainda este ano, o PIB brasileiro cresça em torno de 0,4% a 0,5% e o mercado está bastante animado com a possibilidade. Pode ser um “Pibinho”, mas se for positivo poderá ser o início da retomada,Outro indicador que é preciso ressaltar é o nível de emprego. Com o crescimento do PIB, é natural que a geração de empregos aumente. Com mais pessoas empregadas, aumenta o numero dos que têm condições de conseguir crédito e adquirir um imóvel, fazendo a economia girar e o mercado de imóveis crescer. A taxa de desemprego é um dos fatores mais decisivos para o mercado imobiliário, já que, dificilmente, uma pessoa sem trabalho ou insegura em relação ao seu emprego irá cogitar de comprar um imóvel ou se mudar de casa.
2018 – ?? possível já fazer uma análise positiva de 2018, levando em conta o anúncio recente, por parte do governo, das novas regras para o Programa Minha Casa Minha Vida. Mas para este ano, ainda não. O setor imobiliário leva em conta se as pessoas estão mais cautelosas quando têm que decidir se vão comprar um imóvel. Trata-se de um bem de valor alto, que compromete a renda das pessoas ou mesmo da família: uma aquisição de longo prazo.
Por estas razões o mercado imobiliário demora mais para reagir ao momento da economia. Assim, quando a economia volta a registrar crescimento,  primeiro os setores como os de bens de consumo leve e duráveis se aquecem. Só depois que a estabilização se consolidou, o mercado imobiliário começa a ser ativado. Ou seja, ele é um dos últimos a serem beneficiados com a recolocação da economia nos trilhos do desenvolvimento.
Mas infelizmente o governo é claudicante, porque ao mesmo tempo que alarga o espectro da MCMV, Minha Casa Minha Vida,  como fez neste ano de 2017, a Caixa Econômica Federal também diminui o limite de financiamento de imóveis novos e usados. E a CEF responde por volta de 70% dos financiamentos imobiliários. 

*** Bence Pál Deák é economista e advogado especializado em Direito Imobiliário

Gostou? Compartilhe!