A Coden (Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa), responsável pelos serviços de água, esgoto, coleta, afastamento e destinação final de resíduos no município, reduziu em 14,7% o volume de perdas de água tratada em 2018, na comparação com 2017. A diminuição resultou em 237,8 milhões de litros a mais na rede de distribuição naquele ano, o suficiente para garantir o consumo da população novaodessense nos primeiros 21 dias de 2019. Os dados foram divulgados pelo CCO (Centro de Controle Operacional) da empresa, nesta sexta (22), Dia Mundial da Água. 
Calculado pelo volume de água produzido (tratado) para abastecimento menos o volume faturado (consumido e pago), o índice de perdas ficou em 26% no ano passado, o equivalente a 1,38 bilhão de litros que foram tratados e não foram registrados pelos hidrômetros, ou seja, se perderam pelo caminho ou sofreram a ação de fraudadores. Em 2017, esse índice foi de 30,51% ou 1,62 bilhão de litros.
O índice de perdas de 2018 é o menor da história de Nova Odessa, colocando o município abaixo da média nacional, que é de 38,5%, e entre os países com melhores performances do mundo. Com o desempenho obtido no ano passado, a cidade ascendeu à categoria de país desenvolvido na gestão hídrica, segundo classificação feita pela IWA (Associação Internacional da Água).
A queda do índice, segundo informações do CCO, permitiu que a companhia tratasse o mesmo volume de água nos dois anos – 5,3 bilhões de litros – para atender uma população que cresceu 1,96% em 2018, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e que consumiu 6,2% a mais.
No ano passado, foram 3,9 bilhões de litros consumidos por uma população de 59,3 mil habitantes. Em 2017, a população novaodessense, estimada pelo IBGE em 58,2 mil pessoas, foi responsável pelo consumo de 3,68 bilhões de litros naquele ano.
Para o diretor-presidente da Coden, Ricardo Ongaro, a redução do índice de perdas acumulada nos últimos seis anos mostra que o sistema de abastecimento está cada vez mais eficiente, permitindo que a empresa retire menos água das represas, gaste menos com tratamento e atenda a uma população crescente. “Para se ter uma ideia, em 2013 captávamos uma média de 17 milhões de litros por dia. Hoje, estamos captando 14,5 milhões para abastecer uma população muito maior. Isso é otimizar o uso da água e respeitar o dinheiro público”, afirma Ongaro.
“Os números são resultado do investimento que temos feito no município. Foram R$ 50,1 milhões aplicados na troca de tubulações antigas e em tecnologia para o combate às perdas. Tanto que em 2012 o índice de perdas era de 45,1%. Hoje, temos 26% e continuamos investindo, modernizando todo nosso sistema, como as redes dos bairros Jardim Capuava e Jardim Alvorada, que estão sendo substituídas por canos de alta resistência e durabilidade, num investimento de R$ 5,119 milhões, e será entregue em julho do ano que vem”, explicou o prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza.
TECNOLOGIA NO COMBATE ??S PERDAS. Parte do investimento do município na modernização do sistema de abastecimento, o Centro de Controle Operacional da Coden é fundamental na execução do Plano Diretor de Combate às Perdas de Água Tratada do município. Com informações em tempo real, a sala de alta tecnologia instalada na sede da companhia monitora o funcionamento de todo sistema de, desde a captação de água bruta à distribuição de água tratada aos 25,4 mil imóveis da cidade. O CCO trabalha 24 horas por dia para reduzir as perdas na rede, controlando a pressão da água e diagnosticando fraudes e vazamentos.
“Costumamos dizer que o CCO é coração da Coden. ?? aqui que temos o diagnóstico preciso de todo sistema de abastecimento; tudo controlado de forma remota e com grande eficiência. Qualquer anomalia no sistema, seja o mau funcionamento de bombas, vazamentos, problemas na pressão ou possíveis fraudes, conseguimos detectar e solucionar rapidamente”, explica a responsável pelo Departamento de Combate às Perdas da companhia, Caroline Pavan.
O CCO da Coden foi inaugurado em outubro de 2017 com investimento de aproximadamente R$ 2 milhões, provenientes da cobrança pelo uso da água distribuída pela Agência das Bacias PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí).