O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou há pouco a taxa de desemprego do Brasil no primeiro trimestre deste ano. A taxa de desocupação subiu para 12,2%, uma alta de 1,3 ponto percentual na comparação com o último trimestre de 2019. Trata-se de 1,2 milhão de pessoas a mais na fila por um emprego no país, totalizando 12,9 milhões de desempregados.
Apesar do aumento da taxa, o resultado não surpreende. Isso porque, historicamente, o primeiro trimestre do ano não repõe as contratações feitas no último trimestre do ano anterior. Um forte sinal de que ainda não temos o reflexo da pandemia nesta amostragem é que ela não superou o pior resultado do período que ocorreu em 2017, quando registrou uma alta de 1,7 ponto percentual.
Existem duas leituras possíveis a partir de agora. A primeira é que ao final do segundo trimestre a taxa de desemprego continue subindo abaixo do esperado, em reflexo positivo às medidas auxiliares para que as empresas não recorram a demissão em massa. A segunda, e talvez a mais provável, é que o indicador ainda não esteja refletindo diretamente o impacto da pandemia de Covid-19, que começou a surgir na segunda quinzena de março, próximo ao fim dessa amostragem.
Nos EUA, o pedido iniciais de seguro-desemprego caiu pela quarta semana seguida, registrando 3,839 milhões de desempregados. O número de desempregados já está em 30.651 milhões nas últimas seis semanas. ??, sem dúvidas, uma parcela expressiva da força de trabalho, mas a redução recorrente no número dos pedidos iniciais indica que a parte mais aguda da crise já pode ter passado.