Trineto do imperador Dom Pedro II, o príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, disse nesta terça-feira (16/6) que não existem diferenças raciais no país e confirmou que parece viver mesmo no século XIX, período em que seu parente Dom Pedro reinou. Segundo ele, “enquanto certos países têm um problema racial muito violento, aqui nós não temos”.
“Estão procurando criar esse problema racial, mas não conseguem. Aqui, todos nos damos bem. Aqui no Brasil, todos nós vivemos bem”, afirmou o descendente da família real, durante videoconferência à Fundação Alexandre de Gusmão, fundação pública vinculada ao Ministério das Relações Exteriores.
Dom Bertrand de Orleans e Bragança foi convidado para participar de um seminário promovido pelo Palácio do Itamaraty intitulado “O Brasil na conjuntura internacional do pós-coronavírus”. O príncipe falou por pouco mais de duas horas e em determinado momento do evento comentou que o Brasil tem muitos pontos positivos por ser composto por pessoas de diferentes etnias.
“Todo brasileiro tem um pouco de sangue branco, um pouco de sangue negro e um pouco de sangue índio. Isso deu um blend (mistura) absolutamente extraordinário, porque nós temos o povo brasileiro que é um povo fabuloso. É um povo que tem um calor humano que nenhum outro povo tem isso”, garantiu.
Segundo Dom Bertrand de Orleans e Bragança, os brasileiros têm “a fé e o espírito empreendedor do português”, “a intuição do índio” e “a força, a bondade, o calor humano e a lealdade da raça negra”.
“O jeitinho brasileiro vem do índio. Nós temos outras qualidades do índios, como a nossa sacrossanta mania de tomar banho todo dia. E esse calor humano que nós temos vem de onde? Vem exatamente da raça negra. Nós formamos com isso um povo fabuloso. Nós fomos somando as qualidades dos vários povos e nós temos um povo que é pacífico e heroico ao mesmo tempo. Os brasileiros são muito intuitivos. Há uma capacidade empreendedora fabulosa”, destacou.