Balanço divulgado pela Secretaria de Saúde de Nova Odessa aponta que 5.720 pessoas passaram por atendimento médico na Unidade Respiratória do município, entre o dia 24 de abril, data de início de funcionamento, e a última terça-feira (25). O espaço, criado para concentrar o fluxo de usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) com suspeita e contaminação pelo novo coronavírus, também atende pacientes com quadros de doenças respiratórias como asma, bronquite, sinusite, gripes e resfriados.

Em 124 dias de atendimento, 174 pessoas foram internadas na unidade, sendo que 97 delas precisaram ser transferidas para unidades hospitalares da região e hospitais de campanha montados na capital paulista. De acordo com o levantamento, foram realizados 1.154 testes rápidos de detecção de coronavírus, 234 radiografias e 200 tomografias.

Os dados compartilhados pela Secretaria de Saúde revelam que, nesse período, 21 pessoas morreram na unidade. Segundo boletim epidemiológico emitido na quarta-feira (26) pela pasta, 33 moradores de Nova Odessa faleceram em decorrência de complicações da Covid-19 desde o início da pandemia. A primeira morte – de um homem de 52 anos, morador do Jardim Monte das Oliveiras – foi confirmada em 4 de abril.

Para o secretário de Saúde Vanderlei Cocato, a unidade tem sido fundamental para o enfrentamento à pandemia e a manutenção da rotina de atendimento na rede municipal. “Na última semana, 360 pessoas foram atendidas na unidade. O número é inferior à média registrada anteriormente, na casa dos 500 atendimentos, mas comprova o papel estratégico do espaço no acolhimento, diagnóstico e tratamento de pessoas com doenças respiratórias, sobretudo o coronavírus, deixando nosso Hospital Municipal e as unidades básicas de saúde livres para outros atendimentos”, afirmou Cocato.

A Unidade Respiratória, que também agrega um hospital de campanha, funciona 24 horas por dia, de segunda a segunda, e conta com equipes formadas por médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, assistentes sociais e fisioterapeutas. A estrutura possui cinco leitos para estabilização de pacientes, todos com respiradores e monitores multiparâmetros, e outros 45 de enfermaria. A estrutura possui alas exclusivas para pacientes com suspeita de coronavírus e atendimento dos demais pacientes.

 

O custo médio mensal de manutenção do espaço é de R$ 370 mil, incluindo insumos, EPIs (equipamentos de proteção individual), funcionários e transporte de pacientes para outras unidades da região. Conforme o último boletim, Nova Odessa contabiliza 606 pessoas infectadas pela Covid-19, incluindo 33 mortes e 316 recuperadas.