da DW.PT- O governo da França determinou, a partir desta segunda-feira (08/02), a obrigatoriedade nas escolas do uso de máscaras cirúrgicas do tipo 1, com filtragem superior a 90%, para professores, funcionários e estudantes dos ensinos fundamental e médio.
Se enquadram no padrão as máscaras cirúrgicas azuis, geralmente usadas por médicos e dentistas, e os modelo FFP2 ou superiores. Dessa forma, as máscaras de tecido, também conhecidas como artesanais ou caseiras, não serão mais aceitas nas escolas.
Recentemente, cientistas têm recomendado o uso de máscaras cirúrgicas por fornecerem um grau maior de proteção em situações de risco.
A nova regra, que havia sido anunciada há uma semana para que os pais pudessem se preparar, divide opiniões. Enquanto algumas famílias se sentem mais seguras, outras, de baixa renda, se preocupam com o gasto extra. O Sindicato Nacional de Professores pede que o governo forneça as máscaras.
A medida entra em vigor em meio a outras iniciativas que visam frear a disseminação na França de novas variantes mais contagiosas do coronavírus, como a britânica, cuja presença no território francês vem crescendo.
Uma análise em massa de testes positivos realizada no final de janeiro na França revelou que 14% dos casos são suspeitos de serem da variante britânica, de acordo com dados divulgados na semana passada pela agência de saúde pública francesa. Isso significa um aumento de 3% em relação a um mês antes.
Novas regras para detectar as variantes
A Direção Geral de Saúde (DGS) da França também decidiu reforçar o rastreamento de casos e o isolamento de pessoas que testarem positivo, além de permitir a paralisação de aulas caso algum aluno seja diagnosticado com alguma mutação ou tenha tido contato com alguém próximo que seja portador de uma variante.
Na França, a partir de agora, todas as pessoas que tiverem um teste PCR com resultado positivo terão que fazer um segundo exame em até 36 horas para identificar se a infecção é por alguma variante do coronavírus, como a britânica, a sul-africana ou a brasileira.
Se a pessoa tiver sido infectada por uma mutação, terá de cumprir isolamento de dez dias, e não sete, como ocorre em casos da cepa tradicional, majoritária no país até o momento.
Após o período de isolamento, um novo teste deverá ser feito. Caso o resultado volte a ser positivo, será necessário ficar mais sete dias isolado.
Pessoas próximas ao indivíduo infectado também terão que passar por uma bateria de testes, inclusive aqueles que rastreiem a presença das novas variantes.