O prefeito de Nova Odessa, Cláudio José Schooder, o Leitinho (PSD), revelou que o pretendido ‘Kit Covid’, formado pelos suplementos Vitamina D e Zinco, além do medicamento Ivermectina, está parado em Nova Odessa devido à uma denúncia feita no Ministério Público do Estado de São Paulo. Leitinho não falou em nomes, mas deu a entender que foram vereadores.

A informação foi revelada durante uma entrevista para a TV WA Notícias na noite desta segunda-feira (22). Logo no dia da posse, em 1º de janeiro, Leitinho havia dito que iria determinar à Prefeitura que estudasse a possível distribuição dos suplementos e, de forma preventiva, do medicamento. O trio é popularmente chamado de ‘Kit Covid’ no combate ao coronavírus.

“Eu gostaria, como prefeito, de dar (o kit) pra população inteira. Mas tem algumas pessoas quer não entendem que a eleição passou”, lamentou Leitinho. “Infelizmente tem gente que torce pras coisas darem errado. Me denunciaram (no Ministério Público) porque ia dar medicamento e vitamina sem uma comprovação científica”, admitiu.

O prefeito disse que o ‘Kit Covid’ é pensado na prevenção da saúde da população. “Poderia aumentar a imunidade. Pra quando o vírus viesse, a pessoa estar com a imunidade alta”, reforça. “Temos esse kit, que está na Unidade Respiratória. E os médicos recomendam às pessoas que tem problema de rim, e as vitaminas pra aumentar a imunidade”, confirmou.

“É duro quando mistura política (com saúde)”, completa Leitinho. O prefeito não falou em nomes, mas o recado é claramente para o presidente da Câmara, Elvis Ricardo Garcia, o Pelé (PSDB), que junto da bancada formada pelos partidos PSDB e DEM fazem oposição a seu governo. O grupo já havia dado declarações públicas de que o assunto ‘Kit Covid’ seria “fiscalizado”.

A Prefeitura tem dito que os suplementos “possuem efeito positivo comprovado sobre o sistema imunológico humano” e algumas cidades distribuem Ivermectina para a população, além de alguns médicos apontar efeito positivo sobre a imunidade. A ideia seria reduzir os riscos por uma possível contaminação, mas a palavra final sempre é da equipe médica. A reportagem não conseguiu contato no MP para apurar como está o processo.