Primeiro de maio de 1996 em Havana, Cuba, 05 professores da região* juntam-se a mais de um milhão de trabalhadores do campo e da cidade, estudantes, jovens, mulheres, campeões das Olimpíadas e outros esportistas, sindicalistas, soldados, artistas e todos os heróis que lutaram e lutam cotidianamente para a construção de uma nação digna e feliz. Alegres e muito alegres eles já são. Durante toda a madrugada assistimos a chegada das delegações, com a música, danças, discursos e amor. E nós estávamos lá.
Quantos serão hoje?
Milhões de trabalhadores saem às ruas e resistem aos ataques neoliberais, especialmente europeus desempregados ou ameaçados por este fantasma e outras retiradas de direitos arduamente conquistados e mais do que isso, ainda culpabilizados pela crise capitalista sem fim, como se a jornada de trabalho e os direitos sociais fossem os males que assolam estes países, como Espanha, Portugal, Grécia, entre tantos outros.
E ainda vêem recrudescer os ataques aos sobre este Estados ??? que não atingem as metas do arrocho fiscal??? impostas pelos organismos e bancos internacionais e portanto ???não merecem credibilidade??? e devem receber sanções, intervenções e perda de soberania, num verdadeiro ressurgir do colonialismo.
Quantos serão hoje?
No Brasil já no século XIX a data começou a ser lembrada, primeiro com festas e esperanças de um país sem escravos,mas as reformas não chegam e a luta e o luto ganham o espaço em manifestações mais contundentes no século XX como demonstração ???da luta de classes???.
A partir de 1925 torna-se feriado ganhando novos contornos mais de festas oficiais, o próprio anúncio oficial da CLT- Consolidação das Leis do Trabalho no 1º de maio de 1943, feito por Vargas ,atingiu os operários do setor privado e incorporou os rurais e os funcionários públicos apenas com a Constituição de 1988 e plenamente a todos os trabalhadores agora em 2013, com a PEC dos empregados domésticos.
Hoje assistimos estarrecidos a faca ou lança, ou os dois juntos sobre nossos cabeças,com centenas de projetos no Congresso Nacional para limitar ou mesmo retirar direitos trabalhistas.Não permitiremos.
Quantos serão hoje no Brasil e no mundo?
Atividades políticas, culturais e sociais- atos, comícios, manifestações, festas – ocorrerão com certeza, sem perder o norte da luta sempre presente enquanto houver a divisão de classes , em busca de melhores condições de trabalho, de vida e de uma sociedade mais feliz e igualitária!
Viva o primeiro de maio- dia Internacional dos trabalhadores e trabalhadoras!em aos amigos *
* Homenagem aos amigos Roselene, Reginaldo e Elianinha.
Professora e sindicalista.