Do G1- A Polícia Civil ouve nesta segunda-feira (6) dois diretores do Hospital Vera Cruz, em Campinas (SP), onde três pacientes morreram após fazer exames de ressonância magnética em janeiro deste ano.No total seis pessoas darão depoimento nesta nova fase das investigações, onde serão avaliadas as responsabilidades individuais dos funcionários da unidade médica e da clínica Ressonância Magnéticas Campinas (RMC).
Os depoimentos dos dois diretores terão a presença do promotor do Ministério Público (MP) Carlos Eduardo Ayres de Farias, que está no caso desde a apreensão do perfluorucarbono, composto usado em ressonâncias magnéticas da região pélvica e que foi injetado por engano na veia dos três pacientes, segundo o inquérito policial. O produto foi apreendido pela Polícia Civil apenas em abril, porque não foi encontrado quando o setor deste tipo de exames do hospital foi lacrado, logo após as três mortes.
A polícia concluiu que uma falha humana resultou nas mortes. Uma auxiliar de enfermagem, de 20 anos, preparou uma solução com o perfluorocarbono, aplicada por outras duas profissionais, nas vítimas. Ela pode ter sido induzida ao erro, de acordo com os delegados responsáveis pelo caso, já que os produtos têm aspectos semelhantes e a RMC reutilizava bolsas de soro para guardar a substância usada indevidamente. Sem identificação, os materiais ficavam em gavetas diferentes.