O metaverso promete criar uma revolução em diversos setores. A novidade tecnológica deve impactar também na educação. Essa nova tecnologia unirá vários elementos, como a realidade aumentada e a realidade virtual, com outros recursos, para criar uma espécie de realidade paralela.

A pessoa pode então ficar nessa imersão e viajar, por exemplo, para vários lugares do mundo, sem sair de casa. O estudante então poderá ir para o ambiente de estudo e até viajar no tempo, voltando ao mundo como ele era antes. As aulas de história se revolucionam com essa tecnologia.

Nas aulas de astronomia, o estudante pode ir até para o espaço e visitar outros planetas. O metaverso abre portais para realidades distantes. É possível usar essa tecnologia para a imersão dos estudantes. Assim, eles aprendem observando o mundo, e não somente através de textos em sala de aula.

Os ambientes podem também ser interativos e permitir a participação do usuário. Dá para treinar estudantes de medicina, por exemplo, a realizarem procedimentos. A prática ajudaria eles a visualizarem o que terão que fazer na realidade no futuro, para que estejam preparados.

O metaverso deve fazer parte das salas de aula de todos os níveis, desde o ensino de crianças até o uso em uma pós-graduação EAD. O ensino remoto deu uma guinada com a pandemia do coronavírus, e essa nova tecnologia pode ajudar a implementar essa forma de dar aulas.

A sala de aula com o metaverso deve mudar com os novos equipamentos, fazendo parte do ambiente como óculos inteligentes e fones de ouvido potentes, além de luvas e ferramentas para a interatividade dos estudantes. As instituições de ensino ainda terão que planejar como irá acontecer essa transição.

Outras instituições devem começar a desenvolver produtos educacionais para serem usados no metaverso. Existem muitos desafios de como criar ambientes imersivos úteis para serem usados na sala de aula. Os produtos educacionais precisam ser criados por profissionais da área com competência para tal.

As universidades devem se tornar grandes criadoras de conteúdo educacional de qualidade e fazer com que o acesso à informação seja amplificado. Pode até ser que apareçam vagas de intercâmbio pelo metaverso. Um estudante pode estudar em outra universidade do mundo, sem sair de casa.

O uso do metaverso na sala de aula também vai ajudar a formar os profissionais do futuro. Com o uso da tecnologia nas escolas e universidades, os estudantes dominarão o ambiente imersivo, o que os ajudará na inserção no mercado de trabalho. Estarão acostumados a essa realidade e poderão se adaptar com mais facilidade às novas demandas profissionais.

Também será útil para os estudantes aprender o que está por trás do metaverso. A mão de obra para esse tipo de tecnologia deve aumentar. A demanda deve crescer em várias áreas, como em segurança cibernética, engenharia de tecnologia e de hardware, e desenvolvimento de ecossistema e de avatares.

Além das posições em tecnologia, também haverá espaço para pessoas que querem trabalhar com design, como um estilista de moda digital ou designer espacial digital. A área das finanças também precisará de gestores de patrimônio digital e analistas de taxas de transação virtual.

Os estudantes não serão os mesmos depois do início do metaverso e nem os novos profissionais. É preciso também ter algum cuidado para que as crianças consigam lidar com essa realidade paralela sem deixar de viver no mundo real. Terá que haver um trabalho psicológico para que a inserção no metaverso seja gradual e ponderada.

Essa nova tecnologia pode ser bastante útil para a educação, mas o contato humano e a formação de redes sociais reais se fazem necessários para o desenvolvimento físico, cognitivo e intelectual da criança. O metaverso deve surgir para somar, e não para substituir todas as outras formas de ensino.