A alta frequência do uso de antibióticos durante a infância e adolescência e a automedicação podem levar à resistência a antibióticos a partir dos 30 anos e a uma redução na eficácia do remédio. Para driblar esse problema, a alternativa, segundo a clínica-geral do Hospital Edmundo Vasconcelos, Lígia Brito, é optar por opções mais fortes da medicação para pacientes a partir da faixa etária.
“O problema não é a idade, mas a frequência e o volume do medicamento usados ao longo da vida. Sabemos que, na maioria das vezes, o antibiótico usado por um adolescente de 15 anos não terá a mesma resposta quando usado por um adulto de 30 anos, pois a probabilidade de resistência é maior. Por isso, analisamos o tipo de infecção e a idade para prescrever o medicamento mais indicado”, explica a médica.
Todo esse zelo médico, porém, pode ser colocado em xeque pelo hábito da automedicação, comum entre a população brasileira. Segundo pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) em 2019, 77% dos entrevistados responderam ter feito uso de medicamentos sem prescrição médica no período dos seis meses anteriores à pesquisa. Uma fatia de 47% respondeu que a prática é ainda mais comum e que ocorre pelo menos uma vez por mês. Segundo Lígia Brito, essa realidade leva ao tratamento incorreto de diversas doenças e até a complicações mais graves.
“Apesar de os antibióticos só serem vendidos com prescrição médica, ainda há o uso indiscriminado que acarreta ao tratamento inadequado e a possíveis complicações como lesões no rim e fígado e, de fato, ao desenvolvimento da resistência as bactérias e o surgimento de bactérias multirresistências, conhecidas como superbactérias- que não são sensíveis as opções que existem no mercado”, alerta a clínica-geral.
O diagnóstico, além do processo clínico, pode ser complementado pelos exames de cultura e antibiograma, que identifica qual antibiótico é sensível ou resistente a bactéria em questão. “Somente o médico pode identificar se a doença é realmente causada por uma bactéria e se já existe uma resistência a algum tipo de medicamento. Por isso, sempre que existir sintomas mais persistentes ou qualquer dúvida é indicado procurar um especialista”, conclui.
HOSPITAL EDMUNDO VASCONCELOS
Localizado ao lado do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Hospital Edmundo Vasconcelos atende em mais de 50 especialidades. Realiza aproximadamente 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 190 mil consultas ambulatoriais, 50 mil atendimentos de Pronto-Socorro e cerca de 950 mil exames por ano.
Dentre os selos e certificações obtidos pela instituição, destaca-se a Acreditação Hospitalar Nível 3 – Excelência em Gestão, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e estar no ranking de 2021 dos Melhores Hospitais da América Latina, segundo a Revista América Economia Intelligence, entre as Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil 2020 e em primeiro lugar na categoria Saúde – Hospitais, conquistado por quatro anos consecutivos.
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