Vários crimes e golpes ‘físicos’ migraram para o ambiente virtual durante e depois da pandemia do coronavírus. É o caso da modalidade de sequestro conhecida como golpe do Tinder, uma tendência criminal que se consolidou mesmo após o fim do isolamento social.
Segundo o Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil de São Paulo, o chamado golpe do Tinder já corresponde a 60% de todos os sequestros praticados na capital neste ano. Dos 75 casos instaurados, 45 são referentes à extorsão com restrição de liberdade, popularmente conhecidos como sequestros relâmpagos, cometidos com a ajuda de aplicativos.
Os outros 30 estão relacionados à extorsão mediante sequestro, quando há vítima em cativeiro com liberdade condicionada a pagamento de resgate. ” Esse tipo de sequestro mais dinâmico, diferente daqueles praticados nos anos 2000, em que a vítima ficava muito tempo em cativeiro, saltou na pandemia. Porque as pessoas pararam de circular na rua e foram para a internet. Todos os relacionamentos foram para o ambiente virtual”, explica a delegada Carina Santanieli, da Divisão Antissequestro.