A economia do país ainda passa por um momento conturbado. Quatro em cada dez brasileiros adultos começaram o mês de outubro negativados, isso equivale a 64,87 milhões de pessoas segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e também pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a divulgação desses resultados revela um novo recorde histórico. Com a renda afetada pela alta dos preços e juros, acúmulo da inflação e queda no poder consumo, os brasileiros com nome e CPF comprometidos têm buscado alternativas para fechar as contas no final do mês.
Um levantamento feito pela FinanZero, fintech de crédito online, realizado no período de novembro de 2021 a outubro de 2022, apontou que a busca pelo termo “empréstimo para negativado” somou cerca de 3,9 milhões de consultas no Google, com maior concentração nas regiões Sudeste e Sul, sendo em primeiro lugar o Estado de São Paulo, seguido por Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e, pra fechar o top 5, Rio Grande do Sul.
(Crédito: FinanZero com dados do Google, outubro 2022)
Em um cenário em que é preciso escolher qual boleto tem juros mais altos para quitar primeiro, é possível supor, pelas pesquisas pelo termo no buscador, que muitos enxergam nas linhas de crédito uma possibilidade para sair do vermelho. Segundo dados do SPC Brasil, também de outubro, o brasileiro leva, aproximadamente, dez meses para sair da faixa de inadimplentes, o que explica a procura por melhores alternativas de crédito.
“A preocupação em se ter dinheiro para sanar dívidas resultam em um aumento nas buscas por linhas de crédito. Uma boa parte dos brasileiros se viu inadimplente e passou a ver no empréstimo uma opção mais rápida para ajustar as despesas”, comenta Rodrigo Cezaretto, diretor operacional da FinanZero.
