IPT desenvolve projeto para próteses mais funcionais

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  O desenvolvimento de tecnologias protéticas e ortopédicas por meio de materiais poliméricos e compósitos é o objetivo do projeto PdComp, coordenado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e que teve início no último mês de junho. Uma prótese de membro inferior (pé) em material compósito será desenvolvida, satisfazendo exigências de conforto, durabilidade e baixo custo aos pacientes, em comparação com as soluções existentes no Brasil.

No mercado brasileiro, a maior parte dos usuários depende atualmente de próteses de pés convencionais rígidos do tipo SACH (Solid Ankle Cushioned Heel), que são mais indicadas para pacientes com baixa atividade física, para viabilizar a dinâmica da marcha.

Neste caso, o ideal é o uso de pés protéticos que permitam armazenar e liberar a energia elástica envolvida, os quais são feitos de compósitos e geralmente importados e de alto custo.

Com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), o projeto será desenvolvido por dois laboratórios do IPT (Laboratório de Estrutura Leves e Laboratório de Celulose, Papel e Embalagem) em parceria com o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e a empresa Maxi Science.

“O maior desafio é combinar o tipo e a proporção de materiais de modo a adequar a absorção e a liberação de energia que envolve a dinâmica da marcha. O estudo também considera o conforto do usuário por meio do acompanhamento de especialistas, além de viabilidade comercial”, explica o pesquisador Mario Batalha, do Laboratório de Estruturas Leves do IPT.

Segundo o pesquisador, existem iniciativas para o desenvolvimento de próteses utilizando materiais poliméricos e compósitos, em sua grande maioria em nível acadêmico, mas contemplando apenas parte do desenvolvimento – por exemplo, estudos com foco no design da prótese.

“A proposta desse projeto busca combinar de maneira integrada as diferentes áreas do conhecimento necessárias para o desenvolvimento de uma prótese desde o seu conceito, sua fabricação, avaliação física e funcional. Essas visões complementares sobre o mesmo desafio permitem identificar e superar barreiras associadas ao custo, à funcionalidade e à adoção pelo usuário, viabilizando a escolha dessa tecnologia pelo mercado nacional e usuários de próteses”, completa ele.

 

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