A empresa que presta serviço de limpeza em escolas municipais de Nova Odessa comunicou nesta sexta-feira (14) seus funcionários que todo o setor será colocado de aviso prévio. A Mirante informou que a falta de pagamento por parte da Prefeitura motiva o encerramento do contrato. A situação gerou manifestação do vereador André Faganello (Podemos).

A reportagem teve acesso à mensagem enviada pela Mirante aos seus colaboradores. “Conforme discutido em nossa reunião presencial, a prefeitura do município de Nova Odessa não tem cumprido com as suas obrigações financeiras, situação que se arrasta há um longo período, tornando insustentável a manutenção do contrato ativo. Fizemos todo o possível para evitar que esta situação impactasse diretamente vocês, como atrasos salariais ou falta de pagamento de benefícios. No entanto, a continuidade do contrato neste cenário pode comprometer nosso compromisso de honrar nossas responsabilidades com todos aqui presentes. Por isso, optamos pelo encerramento do contrato”, informou.

No comunicado, a empresa acrescenta que existe a possibilidade de o prefeito Cláudio Schooder-Leitinho (PSD) apresentar uma proposta que solucione a situação, o que permitiria cancelar o aviso prévio. “Estamos na torcida por um desfecho positivo”, acrescenta. Por fim, é informado que na próxima segunda-feira, dia 16, supervisor visitará as unidades escolares para coletar as assinaturas na notificação de aviso prévio, com redução de 7 dias corridos. Isso significa que, até a data final do aviso, o horário de trabalho permanece inalterado, mas as atividades serão encerradas uma semana antes.

De acordo com o vereador, em dezembro passado a empresa havia feito o mesmo, mas chegou a acordo com a Administração Municipal. “Acontece que a Prefeitura não cumpriu com o acordo que foi feito e muito menos com a parcela mensal”, apontou Faganello. “Estão brincando com os prestadores de serviços, os fornecedores e suas famílias. Além dos cidadãos pagadores de impostos”, criticou.

O parlamentar ainda considera inadequado o dia do comunicado. “Pra quê fazer isso numa sexta-feira? Como que será o final de semana dessas pessoas? É pra por pressão na Prefeitura e ver se chama pra um acordo”, completou. Faganello ainda alega que a situação caracteriza ‘assédio psicológico’ por parte da empresa e da Administração Municipal.

A reportagem aguarda o retorno da Prefeitura de Nova Odessa a respeito da situação para publicar o seu posicionamento.