O enfermeiro Carlos Eduardo Vicente fez uso da tribuna livre durante a última sessão da Câmara de Sumaré para apontar deficiências do SAMU local. Ele explicou como funciona o serviço desde o recebimento da ligação até o atendimento final. ???A prestação do serviço na cidade é deficiente. O número de leitos, de equipe e de viatura não atende a necessidade. Além disso, falta capacitação. O município tem material humano e recurso físico disponível. Só falta gestão???, declarou.
De acordo com dados coletados pelo enfermeiro, Sumaré possui sete viaturas básicas e uma avançada, mas somente três básicas estão em uso. Também apontou o fato de que Hortolândia é o município sede da central do SAMU em Sumaré. Sendo que no período noturno, as ligações para o 192 são recebidas no município vizinho que encaminha os atendimentos para Sumaré.
???Por ser a sede da central, Hortolândia recebe um repasse do governo federal mensalmente que, neste ano, está na margem de um milhão de reais. Em Sumaré não se vê resultado de investimento desse dinheiro???, apontou Vicente, que ainda falou de um caso em que o serviço recebeu a ligação e o atendimento necessário só chegou ao paciente 57 minutos depois.
O cidadão é pós-graduado e trabalha no Hospital Boldrini em Campinas. Foi um dos idealizadores do projeto de implantação do SAMU em Sumaré no ano de 2006, onde trabalhou por um ano e meio.