O lipedema é uma condição crônica e muitas vezes negligenciada, que afeta predominantemente as mulheres. A doença é caracterizada pelo acúmulo de gordura de maneira irregular em áreas como quadris, coxas e, em alguns casos, nos braços. Embora frequentemente confundida com obesidade, o lipedema é uma doença distinta, que pode levar a sintomas dolorosos, inchaço e alterações na forma do corpo.
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Portanto, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para melhorar a qualidade de vida.
Como parte do tratamento, a nutrição desempenha um papel fundamental, conforme explica a nutricionista especializada em nutrição esportiva e estética, Thainara Gottardi.
“Embora o lipedema seja uma doença relacionada ao acúmulo de gordura, ele não pode ser tratado apenas com dietas convencionais. O acompanhamento nutricional deve ser personalizado, com foco na redução de inflamação, controle de retenção de líquidos e equilíbrio hormonal”.
A especialista ressalta que, além da alimentação balanceada, o acompanhamento profissional também pode incluir estratégias para otimizar a saúde metabólica e melhorar a circulação.
Neste sentido, alimentos anti-inflamatórios e controle de líquidos fazem parte das recomendações de Thainara.
Especialista comenta como lidar com lipedema
“Uma dieta rica em antioxidantes, como frutas vermelhas, vegetais folhosos e fontes de ácidos graxos essenciais, pode ajudar a reduzir a inflamação, enquanto a ingestão controlada de sódio e alimentos com alto índice glicêmico pode auxiliar na redução da retenção de líquidos, um sintoma comum dessa condição”.
Além disso, a nutricionista reforça a importância de exercícios físicos adaptados, como a drenagem linfática e atividades de baixo impacto, que ajudam a melhorar a circulação e minimizar os efeitos do lipedema.
Embora o lipedema ainda seja um tema pouco discutido, a conscientização sobre a doença tem crescido, e profissionais como Thainara Gottardi são essenciais na educação dos pacientes e na promoção de tratamentos mais eficazes. “O diagnóstico precoce e o acompanhamento nutricional adequado podem aliviar bastante os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pacientes. É essencial que mais mulheres busquem informações sobre a doença e tratem-na com a seriedade que merece”, conclui.