Bárbaro homicídio foi praticado contra o ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes, na noite desta segunda-feira (15/9), em Praia Grande-SP, município da Baixada Santista. O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) recebeu com pesar, indiscutível perplexidade e indignação a notícia.
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Ruy Ferraz Fontes destacou-se na carreira de delegado de Polícia como um dos principais expoentes no combate ao crime organizado, com reconhecida atuação contra a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) – o que, por outro lado, lhe rendeu histórico de ameaças de morte por parte da organização.
A ação que resultou na execução de Ruy Ferraz Fontes, o qual, há poucos anos, ocupou o cargo de comando máximo da Polícia Civil bandeirante, escancara a forma como o Governo do Estado de São Paulo cuida de seus policiais mais dedicados, ao mesmo tempo em que torna gritante a necessidade de a Polícia Civil ser melhor tratada, com efetiva valorização de seus profissionais, mais contratações e aumento nos investimentos em estrutura física e de materiais.
É, afinal, a Polícia Civil a responsável pela investigação das organizações criminosas. Por consequência, se o Governo do Estado permite que a instituição se enfraqueça, como São Paulo tem feito nas últimas décadas, o crime organizado, inevitavelmente, ganhará espaço.
Para o Sindpesp, o homicídio do ex-delegado-geral, da forma como ocorreu, revela-se uma grande afronta às Forças de Segurança, à máquina pública e ao Estado de São Paulo, não podendo ficar de maneira alguma impune, sob pena de que todo o sistema de Segurança Pública caia em descrédito.
Por fim, importante reforçar que a Polícia Civil sofreu, nesta segunda-feira, perda irreparável. Tendo iniciado a carreira na Polícia Civil em 1988, Ruy Ferraz Fontes atuou em diversos setores da instituição até ser alçado a delegado-geral, cargo que exerceu de 2019 a 2022. Com bagagem de 11 anos também na área docente, foi professor de Investigação Policial na Academia da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
Ex-delegado estava aposentado
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