Os vereadores de Nova Odessa aprovaram a criação de mais uma Comissão de ??tica e Decoro Parlamentar. O alvo de novo é o vereador Leitinho Schooder (PDT), que em abril participou de uma manifestação em frente à casa do prefeito Bill Vieira de Souza (PSDB). Na sessão realizada excepcionalmente na quarta-feira (29) houve a aprovação do parecer da Corregedoria do Legislativo sobre a representação protocolada pelo vereador Avelino Poneis (PSDB).
O objeto da investigação é a conduta de Leitinho na carreata realizada no dia 4 de abril, por ocasião da greve de servidores públicos. Manifestantes passaram na rua onde mora o prefeito, no Jardim Alvorada, e algumas pessoas retiraram sacos de lixeiras, depositando o material na porta do imóvel do chefe do Poder Executivo. A alegação do processo é que o parlamentar se omitiu diante da participação de menores no ato degradante, o que é ilegal.
A comissão foi eleita e será composta por três vereadores: Celso Gomes dos Reis Aprigio, o Celso Concrenova (PSDB); Sebastião Gomes dos Santos, o Tiãozinho (SDD); e Antonio Alves Teixeira, o professor Antonio (PT). Em outras duas representações, pelo comportamento de Leitinho em plenário, houve a formação de Comissões de ??tica e Decoro Parlamentar, resultando na punição de censura verbal e escrita, respectivamente.
Além de matérias jornalísticas, a denúncia foi instruída com um vídeo obtido por equipamento de segurança na residência do prefeito. Conforme o processo, nas imagens é possível observar veículos estacionando em frente do imóvel e algumas pessoas depositando o lixo próximo da porta de entrada da casa. No final aparece Leitinho, que acompanhava a carreata e deixou o local após os atos supostamente atentatórios à honra do prefeito e família.
Também consta a transcrição de uma mensagem de desculpas enviada via celular pelo vereador a Bill. Na representação é alegado que o parlamentar se omitiu ao consentir que crianças participassem do ato vexatório, algo que vai contra o Estatuto da Criança e do Adolescente, além de determinação da Justiça local. A representação de Poneis argumenta que a inviolabilidade constitucional de vereador não alcançaria os atos físicos realizados.